terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Crivella divulga nome dos secretários municipais do Rio

Crivella em reunião do governo de transição com Eduardo Paes
O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), revelou nesta terça-feira (20) os nomes que irão assumir as secretarias municipais a partir de janeiro de 2017. Os deputados federais Índio da Costa (PSD) e Clarissa Garotinho (PRB) que estiveram ao lado de Crivella durante sua campanha foram dois dos escolhidos para serem secretários. O número de “casas” caiu de 24 para 12, destaque para a extinção da Secretaria de Turismo.

O corte de metade das secretarias foi uma das promessas de campanha de Crivella. Ainda durante a corrida eleitoral ele também afirmou que as pessoas que iriam assumir as secretarias em seu governo seriam escolhidas por suas competências, e não por causa apoio. No entanto, vários nomes participaram efetivamente de sua campanha. É o caso da deputada federal Clarissa Garotinho, que na época da eleição era membro do PR e convenceu seu pai, Anthony Garotinho (presidente estadual do PR), a apoiar Crivella. Ela foi apresentada como Clarissa Matheus. O deputado federal Índio da Costa, que também foi candidato a prefeito, mas acabou derrotado no primeiro turno, também será secretário. Ele apoiou Crivella no segundo turno.

Das secretarias que foram extintas, a que mais chamou atenção foi a do Turismo, já que este setor é um dos carros chefes da renda do Rio de Janeiro. Crivella anunciou que as políticas de turismo serão formuladas por um conselho composto por Ricardo Amaral, José Bonifácio (o Boni), Roberto Medina e Paulo Manoel Protasio.

Os novos secretários são:

Casa Civil: Aílton Cardoso da Silva
Secretaria da Fazenda: Maria Eduarda Gouvêa Berto
Secretaria de Relações Internacionais: Luiz Carlos Ramos
Secretaria de Saúde: Carlos Eduardo
Secretaria de Educação, Esporte e Lazer: Cesar Benjamin
Secretaria de Transporte: Fernando Mac Dowell
Secretaria de Desenvolvimento, Emprego e Inovação: Clarissa Matheus (Garotinho)
Secretaria de Cultura: Nilcemar Nogueira
Secretaria de Conservação e Meio Ambiente: Rubens Teixeira
Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos: Teresa Bergher
Secretaria de Ordem Pública: Cel. Amêndola

Secretaria de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação: Índio da Costa

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Protestos contra pacote na Alerj causa tumulto no Rio

Caos. Assim ficou o Centro do Rio de Janeiro nesta terça-feira (6) durante um protesto de servidores estaduais contra o pacote do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) que começou a ser votado hoje. Policiais e manifestantes entraram em confronto e várias pessoas ficaram machucadas. Dentro da Assembleia, os deputados aprovaram a redução dos salários do governador, vice e mantiveram vetos aos supersalários.

Desde o início dos protestos que tomaram o Brasil em 2013, não se via algo parecido com o que ocorreu no Rio neste 6 de dezembro de 2016. Por volta das 10h, manifestantes chegaram a Alerj para protestar contra o pacote do governo que começaria a ser votado pelos deputados. A “casa” está cercada por tapumes e conta com proteção policial, impedindo que qualquer pessoa acompanhe as sessões. No início da tarde, enquanto os parlamentares iniciavam as discussões sobre os temas colocados em pauta, nas ruas se iniciou um confronto entre policiais e manifestantes.

Como de praxe, não se sabe como se iniciou a confusão, mas a polícia foi para cima dos manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e atirando balas de borracha. Durante o confronto, que durou por mais de seis horas, várias pessoas ficaram feridas por estilhaços e outras tantas passaram mal por conta do gás. A polícia também prendeu manifestantes, mas o número de prisões e o motivo por qual elas ocorreram ainda não foram divulgados.
Durante o confronto, barricadas de fogo foram armadas nas ruas próximas a Alerj. Em dado momento, a polícia usou do “caveirão” para perseguir os manifestantes, que revidaram com pedras portuguesas que estavam na rua da Assembleia. Um banheiro químico foi incendiado. Bombeiros foram ao local para apagar o fogo, mas bombeiros que participavam da manifestação os convenceram a não apagarem.


Na Alerj, os deputados reduziram os salários do governador e de seu vice e mantiveram o veto dos supersalários dos secretários e cargos de confiança. Além disso, foi colocado fim nas sessões solenes à noite para economia de energia elétrica e da disponibilidade de veículos a parlamentares a partir de 2019. A votação do pacote do governo deve durar até o próximo dia 12, três dias antes do dito inicialmente. 

domingo, 30 de outubro de 2016

Crivella é eleito prefeito do Rio de Janeiro

Marcelo Crivella (PRB) foi eleito prefeito do Rio de Janeiro. Ele obteve 1.700.030 votos totalizando 59,36% dos votos válidos. Em seu primeiro discurso após a vitória, ele avaliou que venceu uma “onda enorme de preconceitos” contra a sua candidatura. Essa foi a terceira vez que Crivella participou da corrida eleitoral para prefeito, ele ressaltou que sua gestão será voltada a “cuidar das pessoas”.

Desde o início da corrida eleitoral, as pesquisas indicavam a preferência dos cariocas por Crivella. Apesar dos ataques sofridos, ele conseguiu se manter pleno e, em momento algum, foi ameaçado de verdade pelos adversários, como ocorreu em outras eleições em que ele disputou. Seu adversário no segundo turno, o candidato Marcelo Freixo (PSOL) obteve 1.163.662 votos, tendo 40,64% dos votos válidos.


"Gostaria de deixar registrada essa frase que eu ouvi no final da apuração, de um senhor que me abraçou e disse: 'Crivella, chegou a sua vez!'. Eu peço a Deus que essa modesta vida pública, acidentada vida pública, possa deixar para todos os cariocas esse ensinamento de que sempre chega a nossa vez quando a gente não desiste. Peço a Deus que dê a mim e a cada um de vocês que me acompanharam e outros que estão reunidos no Clube de Bangu, que nesses quatro anos de governo possamos ter a esperança dos que sempre lutam e a fé dos que nunca desistem. Muito obrigado a todos”, agradeceu Crivella em seu discurso após ser declarado vencedor.

sábado, 29 de outubro de 2016

Ataques norteiam campanha eleitoral no Rio

O segundo turno da corrida eleitoral para a prefeitura do Rio de Janeiro foi marcado por ataques. Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) chegam à véspera da eleição com mais acusações do que propostas, algo que parecem terem deixado no primeiro turno. Religião e radicalismo foram os principais pontos focados entre os dois candidatos durante o confronto. Mas, ao que parece, caso se confirme as pesquisas, os ataques e o crescimento do psolista ainda assim não será suficiente para vencer o republicano, que deverá se eleger no próximo domingo.


Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Crivella, foi atacado por diversas vezes pela equipe de campanha de Freixo o acusando de possivelmente tornar a prefeitura uma filial da IURD. O líder da igreja e tio de Crivella, Bispo Edir Macedo, foi lembrado constantemente para dizer que este seria o “gestor” do Rio. A revista Veja ainda publicou uma matéria revelando que Crivella havia sido preso em 1990 durante uma reintegração de posse de um terreno da igreja.

Já Freixo, foi acusado de liderar o movimento dos Black Blocks durante as manifestações de 2013 e de financiar outros movimentos, como os dos secundaristas que ocuparam várias escolas. O psolista também seria um “defensor de bandidos” e que iria usar de radicalismo durante a sua possível gestão na prefeitura do Rio.


Ao  que parece os ataques surtiram mais efeitos a favor de Freixo, que diminuiu sua distancia para Crivella em 10% nos votos válidos na pesquisa do Datafolha. Apesar do encurtamento do percentual, os números não são suficientes e o republicano deverá ser o próximo prefeito do Rio.

domingo, 23 de outubro de 2016

Crivella preso?

A revista Veja publicou uma matéria de capa onde revela a prisão do candidato a prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), ocorrida no início da década de 1990. Ele teria sido detido após se desentender com pessoas durante uma reintegração de posse de um terreno da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), na qual ele é Bispo licenciado.

Conforme a matéria de Thiago Prado e Leslie Leitão, Crivella foi detido no dia 18 de janeiro de 1990 e levado a uma delegacia do Catete. Na ocasião, o candidato a prefeito tinha 32 anos e em conversa com a Veja disse que na ocasião “estava revoltado” com a invasão do terreno da igreja, foi até o local pra retomar a posse, “mas não encostou nas pessoas”.


Ainda de acordo com a revista, a polícia foi até o local e acabou levando Crivella preso. O candidato disse que foi apenas encaminhado a delegacia,  e que não foi preso. Ele afirmou ainda que o inquérito foi arquivado um ano depois da “confusão”. Apesar disso, esse fato ficou fora dos arquivos policiais por 26 anos e só voltou há pouco, a polícia disse a reportagem que iria investigar o que ocorreu para que o inquérito tenha ficado desaparecido.


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Rio terá um prefeito de nome Marcelo

Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) disputarão o segundo turno para a prefeitura do Rio de Janeiro. O republicano recebeu 842.201 votos, o que corresponde a 27,78% dos votos válidos, já o psolista teve 553.424 votos, equivalente a 18,26%. Flavio Bolsonaro foi a surpresa da eleição, ocupando o quarto lugar com 14%. Já Pedro Paulo (PMDB), mesmo arrecadando muito mais que os demais concorrentes e contando com o apoio do prefeito Eduardo Paes (PMDB), ficou em terceiro com 16,12%.


Assim que o resultado foi sacramentado pela Justiça Eleitoral, Crivella concedeu uma entrevista coletiva onde revelou que irá buscar parcerias, provavelmente os apoios de Bolsonaro, Carlos Osório (PSDB) e Índio da Costa (PSD). Freixo não descartou a possibilidade de alguma parceria, no entanto, vetou de imediato qualquer relação com o PMDB e ainda comemorou dizendo que “derrotou o PMDB em homenagem a democracia brasileira”.

sábado, 1 de outubro de 2016

PMDB pode ficar fora do 2° turno no Rio

Mesmo com uma campanha milionária, o candidato do PMDB a prefeitura do Rio de Janeiro, Pedro Paulo, pode ficar de fora do segundo turno da corrida eleitoral. Foi o que revelou uma pesquisa Datafolha realizada no dia anterior a votação, onde Marcelo Freixo (PSOL) aparece como segundo colocado, rivalizando com Marcelo Crivella (PRB) que permanece em primeiro.

Conforme a pesquisa que foi divulgada no dia 1° de outubro, Crivella segue liderando com 32% dos votos válidos, seguido por Freixo com 16% e Pedro com 12%. Causando indefinição do segundo nome que irá com Crivella para o segundo turno, mas revelando grandes chances de ser Freixo.


A pesquisa sofreu influencia do debate realizado na noite de sexta-feira na rede Globo, onde o candidato do PMDB teve uma participação bastante questionável. Conforme o TRE, até setembro, Pedro havia recebido quase R$ 8 milhões para sua campanha, seguido por Crivella com quase R$4 milhões. Já Freixo, contou com pouco mais de R$ 500 mil. 

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Freixo, Jandira, Molon e Osório visitam hospital no Méier



Quatro candidatos a prefeito do Rio de Janeiro estiveram ao mesmo tempo no Hospital Salgado Filho, no Méier, Zona Norte, no início da manhã de quinta-feira (1°). Marcelo Freixo (PSOL), Jandira Feghali (PCdoB), Alessandro Molon (REDE) e Carlos Osório (PSDB) entraram na unidade de saúde e conversaram com um dos responsáveis pela unidade. Todos falaram quais são suas propostas para essa área.

O primeiro a chegar ao hospital foi Freixo, que já havia informado à imprensa que sua primeira agenda de campanha do dia seria naquela unidade. Os demais disseram a todos que foi uma “coincidência”. Freixo disse que atualmente cerca de 54% da população do Rio reclama que a saúde é o principal problema da cidade. “É um dos setores que tem maior crescimento de investimento, mas não resolveu o problema. Investiu-se em custeio, isso é, pras OS, mas não investiu na estrutura da saúde”.

O psolista disse que é necessário ampliar o número de leitos e investir nas policlínicas que já existem. “Não adianta ficar gastando só em OS. Você precisa trazer a administração direta, porque dá mais transparência e utiliza melhor o recurso público. Tem que ampliar as clínicas da família. Mas não adianta tirar a fila do hospital e levar para o computador”. Questionado sobre acabar com as OS, Freixo respondeu que não se pode acabar com as OS “de uma hora pra outra. Não se pode fechar nenhum leito e nenhuma clínica da família. Você tem que ampliar a clínica da família e progressivamente garantir que essa administração seja direta. É inadmissível que um profissional concursado ganha três vezes menos que um profissional indicado politicamente”, concluiu.

Jandira Feghali

Jandira disse que atualmente o estado e o governo federal isolam o município, e que se faz necessário uma integração. “Há um isolamento do Estado. Dizem que integraram, mas não é isso que ocorre. Para explicar melhor, se um indivíduo precisa internar, o município que é o gestor pleno deveria dispor dos direitos do Estado e Federal, mas só dispõe de leito municipal”. Sobre as OS, Jandira falou que é um modelo que não lhe agrada e explicou o porque: - Há denuncias de superfaturamento e inclusive as contas precisam serem auditadas, assim que eu assumir irei fazer isso. Além disso, temos uma mortalidade infantil na Cidade de Deus três vezes maior que na Barra da Tijuca, são bairros vizinhos, precisamos cuidar disso.

Carlos Osório

O candidato do PSDB disse que a saúde do Rio está em colapso e criticou o prefeito Eduardo Paes (PMDB) por possivelmente ter tirado investimentos financeiros na saúde. “A prefeitura tirou R$ 750 milhões da saúde nos últimos três anos. Nossa proposta: retornar os recursos que a prefeitura tirou da saúde para colocar em obras de volta pra saúde”. Osório prometeu que caso seja eleito era suspender os contratos das OS e fazer uma auditoria. “Na primeira semana de governo vamos intervir nas OS e rever todos os contratos para garantir o melhor atendimento a população. Vamos garantir uma melhor gestão na área da saúde. Não adianta só botar recursos lá dentro, tem saído dinheiro pelo ralo por falta de controle”.

Alessandro Molon


Molon argumentou que os hospitais do Rio estão despreparados pra receber e atender com dignidade as pessoas. Ele afirmou que atualmente há dois problemas graves no setor de saúde da cidade. “São os atendimentos de emergência e consulta de exames com especialistas. A nossa prefeitura vai ficar nessas duas coisas: resolver o atendimento de emergência, garantindo um atendimento digno e humano para todos os cariocas, e por outro lado facilitando a marcação de consultas com especialistas e realização de exames para os cariocas”.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Crivella diz que saúde da Zona Norte do Rio é um "deserto sanitário"

O candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), participou de uma carreata pelos bairros de Acari e Pavuna no fim da manhã e início da tarde desta segunda-feira (29). Acompanhando de candidatos a vereadores e militantes, ele prometeu “devolver a saúde” todo o dinheiro que o prefeito Eduardo Paes teria deixado de investir e rotulou a região como um “deserto sanitário”. E também prometeu criar centros de reciclagem em comunidades.

Aproximadamente 50 pessoas estiveram com Crivella em frente ao Hospital Ronaldo Gazolla. Antes de caminha pela região, Crivella falou que irá investir na saúde do Rio e cutucou Paes. “Quero trazer de volta para a saúde aquele R$ 1 Bilhão que o Eduardo tirou para fazer a Olimpíada e mais R$ 250 milhões por ano. Vou investir aqui nos hospitais da Zona Norte, onde hoje nós temos um deserto sanitário. Esse hospital aqui está fechado, ele atende apenas leitos do Sisrede. É preciso ter uma emergência e uma maternidade, aqui há uma carência muito grande”.

Questionado sobre possíveis cortes financeiros do município, Crivella respondeu que irá fazer isso na área de urbanismo. “Nós já passamos da Olimpíada, não vamos fazer Museu do Amanhã, não vamos fazer Cidade da Música e nem construir para o Pan-americano, Olimpíada e Copa do Mundo. Agora chegou a hora de cuidar das pessoas”.



Depois Crivella prometeu privatizar o setor de limpeza das favelas e criar centros de reciclagem nessas comunidades. “Acho que hoje a Comlurb está devendo a limpeza nas favelas. O que eu quero fazer é criar novas empresas para que a limpeza nas favelas seja terceirizada. Assim a gente poderá contratar os garis nas comunidades. Poderíamos montar galpões para que esse lixo seja reciclado nessas cooperativas de reciclagem, vendendo alumínio, papéis e o plástico, gerando recursos. São medidas que precisamos tomar agora por não serem tão caras. Nós viemos de despesas imensas. Agora é a hora do arroz com feijão. Sobretudo aplicar no bem estar das pessoas”, concluiu. Em seguida, Crivella andou pela região e depois saiu em carreata por Acari e Pavuna.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Clima quente, candidato passando mal e outro de longe em debate para prefeito do Rio

 O primeiro debate de TV entre os candidatos a prefeito do Rio de Janeiro foi realizado na noite de quinta-feira (25) pela Band. O clima foi quente entre os concorrentes. Além dos ataques, o debate ainda teve Flávio Bolsonaro (PSC) saindo mais cedo após passar mal. Houve também troca de ofensas entre o pai de Flávio, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), e a candidata Jandira Feghalli (PCdoB). A quilômetros dali estava Marcelo Freixo (PSOL), que não participou do debate na Band por conta de uma lei eleitoral (já derrubada), mas que realizou seu próprio debate.

O debate foi realizado no Teatro Oi Casa Grande, no Leblon, e além de Flávio e Jandira, também estiveram presentes os candidatos Pedro Paulo (PMDB), Carlos Osório (PSDB), Índio da Costa (PSD), Alessandro Molon (REDE) e Marcelo Crivella (PRB). No primeiro bloco os candidatos escolhiam outro e direcionavam uma pergunta sobre qualquer assunto. O primeiro a ser sorteado foi Osório, que perguntou a Pedro Paulo sobre o “caixa” da prefeitura e o que seria feito com o término da Olimpíada. Pedro Paulo, que é apoiado pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB), respondeu que as financias do município estão equilibradas graças as parcerias público privadas ocorridas para a realizada da Olimpíada. Depois o peemedebista falou sobre educação com Crivella, que reconheceu um bom trabalho de Paes na sua primeira gestão, mas que deixou a deseja na segunda. Ele disse que é necessário investir “na escola do hoje”, fazendo alusão ao programa “escola do amanhã” de Paes. Depois foi e vez de Crivella questionar Flávio sobre segurança. Ele argumentou que é necessário armar a Guarda Municipal. Bolsonaro perguntou a Índio sua posição sobre o Uber, que respondeu dizendo que irá regularizar o serviço no Rio. Índio, por sua vez, perguntou a Molon sobre a situação das financias da prefeitura, o candidato da REDE fez diversas críticas e falou que a prefeitura pode acabar seguindo o rumo do Estado e ficar em situação difícil financeiramente. Molon continuou no tema da economia ao perguntar a Jandira, que disse acreditar que o sistema financeiro do Rio é “oco”, e que se faz necessário investimentos em saneamento básico. Por fim, Jandira direcionou a palavra a Osório sobre transporte. O tucano prometeu que caso seja eleito prefeito irá suspender a atual racionalização de ônibus, estudar todo o caso e implantar outro modelo.

Bolsonaro passa mal

No segundo bloco os candidatos responderam perguntas selecionadas via Twitter e também por vídeo. No entanto, quando chegou à vez de Flávio Bolsonaro responder, ele acabou se sentindo mal e chegou a falar em “queda de pressão”. Ele foi amparado por Jandira e Osório. Imediatamente o intermediador do debate chamou o intervalo. Fora do ar, Jandira, que é médica, tentou ajudar Flávio, mas o pai dele, Jair Bolsonaro impediu. Os dois acabaram trocando ofensas. Em seguida, o candidato deixou o debate e foi embora para ser medicado.

Último bloco

No último bloco o tema abordado foi segurança, conforme pedido dos telespectadores da Band. Osório questionou a Pedro Paulo se ele trataria o setor da segurança como um problema de competência apenas estadual. O candidato da posição respondeu que irá investir na Guarda Municipal, tanto para ela agir sozinha, quanto em parceria com a Polícia Militar. Depois Pedro Paulo direcionou a pergunta a Crivella, que prometeu investir na Guarda, mas sem armas. Depois foi a vez de Molon, que acredita que investimentos na educação, esporte e lazer consequentemente pode melhorar a questão da segurança. Jandira disse que é necessário enfrentar a cultura do preconceito. Já Índio afirmou que caso eleito irá criar a secretaria de segurança municipal.  No final Osório disse que a Guarda Municipal está sucateada e desmotivada, que é necessário investir nesta categoria, principalmente com equipamentos eletrônicos.

Freixo no debate


Horas antes de se iniciar o debate da Band, o STF liberou a participação em debates na TV dos candidatos com menos de 10 parlamentares no Congresso Nacional. No entanto, como a decisão ainda não havia sido publicada oficialmente, Freixo acabou seguindo seu planejamento de participar do debate “de longe”. Sua equipe montou uma ótima estrutura na Cinelândia, com um telão e caixas de som, onde ele pôde comentar os assuntos discutidos no debate. Entre duas e três mil pessoas foram até o centro para assistir Freixo, que encerrou sua participação antes do término do debate na TV por conta do horário de uso da praça. 

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Pedro Paulo terá no mínimo o dobro de tempo de TV que concorrentes

Os candidatos a prefeito do Rio de Janeiro já iniciaram suas gravações para a propaganda eleitoral na TV que se inicia na próxima sexta-feira (26), um dia depois do primeiro debate em canal televiso que será realizado pela Band. Pedro Paulo (PMDB) é o candidato que terá mais tempo na televisão, por outro lado, Marcelo Freixo (PSOL) vai contar com apenas 11 segundos.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro determinou que Pedro Paulo, que possui 14 coligações partidárias, terá 3 minutos e 30 segundos diários de propaganda. O segundo maior tempo será da candidata Jandira Feghali (PCdoB) com 1 minuto e 27 segundos, menos da metade do tempo do peemedebista. Em seguida vem Índio da Costa (PSB), 1 minuto e 24 segundos; Carlos Osório (PSDB), 1 minuto e 16 segundos; Marcelo Crivella (PRB), 1 minuto e 11 segundos; Flávio Bolsonaro (PSC), 23 segundos; Alessandro Molon (REDE), 18 segundos; Marcelo Freixo, 11 segundos; Thelma Maria Bastos (PCO), 5 segundos; Cyro Garcia (PSTU) 5 segundos; e o Partido Novo, de Carmen Migueles, também 5 segundos.


A expectativa de boa parte dos candidatos é que a propaganda pela TV faça com que o quadro das pesquisas possa mudar com a exposição maior aos eleitores. No entanto, Freixo, que hoje aparece em segundo em todas as pesquisas de intenções de voto, terá apenas 11 segundos para se mostrar ao público. O psolista aposta nas redes sociais como força na sua campanha. O contrário ocorre com Pedro Paulo, que aparece em quarto ou quinto nas pesquisas e tenta subir sua posição. Atualmente, Crivella lidera todas as pesquisas. 

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Freixo é confirmado no debate da Band

Marcelo Freixo (PSOL), que é candidato a prefeito do Rio de Janeiro, garantiu nesta sexta-feira (19) o direito de estar no debate da Band que irá ocorrer no próximo dia 25 de agosto. Mesmo tendo seu nome em segundo nas pesquisas de intenções de voto, Freixo precisava de ter a aceitação de 2/3 de seus rivais para participar de debates na TV, conforme lei eleitoral. Algo que não havia acontecido.

Pedro Paulo (PMDB), Índio da Costa (PSD) e Flávio Bolsonaro (PSC) haviam vetado a participação do psolista. No entanto, a Band resolveu convidar todos os candidatos a prefeito para o debate, incluindo também Carmem Migueles (Novo) e Cyro Garcia (PSTU). Logo, todos os 11 candidatos estarão nos estúdios da Band.

Na quarta-feira (17), Freixo esteve no Largo do Machado onde havia mostrado todo seu descontentamento com os adversários que haviam vetado seu nome no debate. Na ocasião, ele disse que se não participasse colocaria um telão na Cinelândia e transmitiria o debate ao vivo, fazendo comentários sobre cada tema citado. Além disso, colocaria também outros telões na praça Saens Pena, em Madureira e também em Campo Grande.


Em seu evento de início de campanha, ocorrido na Cinelândia com a presença de aproximadamente duas mil pessoas, Freixo disse que caso seja eleito irá compor seu secretariado com pessoas competentes independentes de gêneros. Ele também comemorou o número de doações a sua campanha, onde o número de doadores é o maior da história do Brasil, conforme o candidato. 

Crivella anda pelo Méier e promete mais segurança pra região


O candidato a prefeito pelo PRB, Marcelo Crivella, esteve na manhã desta sexta-feira (19) no Méier, onde fez uma caminhada pela rua Diaz da Cruz, principal via daquele bairro. Seu discurso focou na segurança pública, saúde e gastos da atual gestão com a Olimpíada. Também criticou o concorrente Pedro (PMDB), a qual classificou como “inexperiente, e que não consegue gerir a própria casa”.

Logo no início do trajeto, Crivella acabou encontrando o rival na disputa pela prefeitura, Flávio Bolsonaro (PSC). A ele, pediu para que aceitasse a presença de Marcelo Freixo (PSOL) no debate da Band. O rival apenas sorriu. Depois Crivella caminhou até a praça, onde conversou com camelôs e falou a população. Seu discurso focou na segurança pública, saúde e gastos da atual gestão com a Olimpíada.

Crivella argumentou que segurança é um problema da cidade e, portanto, a prefeitura tem que assumir sua participação nessa área. Ele sugeriu que a Guarda Municipal tenha que auxiliar a Polícia Militar. E que hoje, vários moradores do Méier vivem com medo de sair as ruas e de terem seus carros furtados. “A prefeitura precisa assumir sua responsabilidade. Nós vamos fazer um Batalhão da Motocicleta para a Guarda, onde os agentes irão patrulhar 24 horas por dia, principalmente nas áreas com índices mais elevados de roubos e furtos”.

Olimpíada

Crivella disse que Paes gastou R$ 14 bilhões com a Olimpíada e que se esqueceu das demais demandas da cidade. Ele acusou o prefeito de tentar ser protagonista dos jogos. “A Olimpíada é legal. Todo mundo gosta. Se emociona. É uma chance de mostrar que o Rio é preparado para realizar eventos grandiosos. Mas, em Pequim a olimpíada foi da China. Em Londres, do Reino Unido. Só no Brasil que a Olimpíada foi do Rio de Janeiro para o Rio. O prefeito quis ser o dono da festa. E esses R$ 14 bilhões fazem falta nas comunidades, na educação, no transporte e nos hospitais. Na segurança também! Eu pergunto a vocês, quando terminar a Olimpíada o que vai acontecer com a vila olímpica? As arenas serão desmontadas. Aquele terno será dado às empreiteiras. As mesmas envolvidas na operação lava jato. São prédios de 50 andares. Vão ganhar muito dinheiro. E nós, moradores do Rio, ficaremos sem aquela área, que inclusive é área de preservação ambiental. Quero que o Méier lembre-se disso no dia 2 de outubro”.

Saúde

Depois Crivella falou que há necessidade de se melhorar o Hospital Salgado Filho, mas também elogiou essa mesma unidade de saúde. “É bem verdade que o Salgado Filho foi melhorado. Isso é bom para todos nós. Temos que aplaudir. Mas ainda ta faltando uma emergência no Salgado Filho. Falta equipamentos para fazer exames.

Ataque ao PMDB 

Para finalizar seu discurso, Crivella fez críticas ao PMDB e sugeriu que Pedro Paulo tenha mais paciência e deixe para disputar a prefeitura em outro momento de sua Cida. “O PMDB nos envergonhou. Nós, moradores do Rio, não merecíamos ter a classe política mais corrupta do Brasil. E agora ainda querem colocar um candidato que é jovem. Inexperiente. Que não administrou bem sua própria casa. E deu uma confusão danada. Ele, esposa e filhos. Eu pergunto a vocês, um político que não administra bem sua própria casa tem condições de administrar uma cidade? Ele tem que ter paciência, esperar mais um pouco. Ele tem que superar essas coisas pra depois se candidatar a prefeito”, finalizou. 

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Crivella oficializa sua candidatura a prefeito do Rio


O senador Marcelo Crivella, do Partido Republicano do Brasil (PRB), oficializou a sua candidatura a prefeito do Rio de Janeiro durante convenção do partido na tarde de domingo (31) no Olaria Atlético Clube na Zona Norte. Com ele estava à deputada federal Clarissa Garotinho, do Partido Republicano (PR) e Dr. Cadorna do Partido Trabalhista Nacional (PTN), que fecharam a coligação “Por um Rio mais humano”.

Cerca de duas mil pessoas estiveram na convenção, que homologou a candidatura de 77 vereadores do PRB mais a chapa para prefeito, que ainda não tem um vice. Crivella afirmou que até a próxima sexta-feira (5) irá revelar o nome do seu companheiro de chapa. “Ainda esperamos aumentar nossa coligação, no entanto posso adiantar que o vice será indicado pelo Partido da República”, revelou.

Durante seu discurso Crivella criticou o prefeito Eduardo Paes por “não permitir que o governo federal aplicasse recursos e investimentos” na Olimpíada. “Em Tókio a Olimpíada foi do Japão, em Londres foi do Reino Unido, mas no Rio de Janeiro a Olimpíada não foi do Brasil. Isso ocorreu por ambição eleitoral e por vaidade do prefeito. A sua vaidade nos custaram 14 bilhões de reais. A cidade do Rio se endividou. Em 2012 a nossa dívida era de 11 bilhões e hoje é de 15 bilhões, cerca de 40% a mais”, disse. Crivella ainda argumentou que é necessário o município voltar a investir financeiramente na saúde, que segundo ele, foi deixada de lado para a construção de obras para a Olimpíada. “Se comparar o primeiro mandato de Eduardo Paes com o segundo dá pra notar que a prefeitura tirou R$ 700 milhões da saúde para fazer a festa. É justo fazer uma festa em sua casa, contratar artistas, comprar barris de chopp, distribuir comida e depois dizer a sua mãe que você vai parar de pagar seu plano de saúde, que a operação de catarata dela está adiada indefinida demente?”.

Continuando no ataque, Crivella, assim como os demais concorrentes a prefeitura do Rio, atacou o candidato do PMDB, Pedro Paulo, sobre a possível agressão dele contra a ex-esposa. “Eu já disputei eleição, fui para o segundo turno e perdi. É verdade. Bati na trave. Mas isso não é vergonha, vergonha é bater em mulher. Aqui no PRB não tem homem que bate em mulher. Se bater em mulher ta fora”.  

Filha de Garotinho pede mudança na prefeitura

 Clarissa disse que seu eleitorado pediu que ela fosse candidata a prefeita, mas que isso não ocorreu porque ela acabou de ser mãe – o filho Vicente tem dois meses – e obviamente ela não teria condições de se dedicar a uma campanha. Com isso, chegou a conclusão de que apoiar Crivella seria a melhor opção. “Como eu não sou candidata, estou confiando a Crivella a construir esse Rio mais humano para nossa cidade. Tem muito candidato correndo nessa eleição. Tem candidato que está aí só pra continuar o que está ruim. Outro se diz oposição, mas até outro dia era secretário municipal. Outros são muitos radicais. E o radicalismo não leva a gente a lugar nenhum. Para governar bem é necessário ter capacidade de diálogo e Crivella tem isso”. Clarissa também criticou Eduardo Paes que teria feito obras de qualquer maneira. Para justificar sua crítica ela usou a queda ciclovia e também o acidente entre o VLT e um ônibus. Em seguida pediu a saída do atual grupo gestor da prefeitura. “Paes disse que quem não está satisfeito que vá embora do Rio. A gente não tem que mudar de cidade, temos que mudar é de prefeito”, concluiu.

Índio oficializa sua candidatura a prefeito do Rio

Aproximadamente duas mil pessoas estiveram na convenção do Partido Social Democrático (PSD) do Rio de Janeiro no sábado (30) no Club Municipal na Tijuca. Por lá, foi oficializada a candidatura a prefeito do deputado federal Índio da Costa. Em seu discurso, o candidato falou que é um sonho pessoal governar o Rio, explicou como seria seu possível governo e fez críticas a atual gestão. Além disso, destacou que o vice de sua chapa "é o melhor vice entre todos os candidatos do Rio', contudo, não quis dizer o nome dele.

Na ocasião, cerca de 50 pessoas também tornaram oficiais suas candidaturas a vereador pelo PSD. Todos esses estavam no palco quando Índio iniciou seu discurso. O candidato a prefeito disse que é necessário dar oportunidades aos jovens para que estes mudem a sua realidade e de toda família. “Vamos motivar os jovens a querer estar nas salas de aula. Vamos incentivar em centros tecnológicos o serviço em programação de computadores e a criação de aplicativos para celulares. Aplicativos como o Instagram e Whatsaap foram inventados por jovens que tiveram coragem e oportunidades de irem muito além do padrão tradicional de ensino”.

Índio disse ainda que caso seja eleito prefeito irá assumir a responsabilidade sobre a segurança pública que a atual gestão, de acordo com ele, não está fazendo. “Hoje, com inteligência, tecnologia e uma Guarda Municipal bem montada, reconhecida e respeitada, vamos auxiliar o Estado na investigação dos crimes e acabar com tanta impunidade”. O candidato confessou que sua família não queria que ele fosse candidato a prefeito, mas que os contrariou porque o Rio de Janeiro “precisa” dele e que esse é um sonho pessoal antigo. Revelou ainda que outras pessoas o fizeram pressão para ele não se candidatar. “Nossos adversários fizeram de tudo para impedir essa candidatura. Mas o desafio é o que nos move. E o entusiasmo que eu sinto aqui hoje é o que me encoraja de seguir adiante e atingir a nossa meta. O nosso principal rival usa escancaradamente contra nós a máquina pública. A máquina pública que é sustentada com o dinheiro que sai da mesa do trabalhador. Vamos mudar isso”, prometeu.

Vice candidato


Sobre o vice em sua chapa, Índio prometeu um nome forte que tenha experiência em gestão. “Ainda falta o nosso vice prefeito. Que vai ser uma maravilhosa surpresa para o nosso grupo, e uma dor de cabeça para os nossos adversários. Vão perder o sono, porque o nosso vice tem muita experiência e uma capacidade de gestão única em comparação a qualquer outro vice de qualquer outro candidato”, concluiu. 

terça-feira, 5 de julho de 2016

Freixo lança sua pré-candidatura a prefeito do Rio


 Aproximadamente quatro mil pessoas lotaram a quadra do Club Municipal, na Tijuca, na noite de segunda-feira (4) para acompanhar o lançamento da pré-candidatura de Marcelo Freixo (PSOL) a prefeito do Rio de Janeiro. Políticos do partido e do PCB, artistas e líderes de movimentos sociais compareceram ao evento para prestar apoio ao deputado estadual. O discurso de Freixo ficou marcado pelo pedido de democracia em todos os setores da cidade e pelos ataques ao prefeito Eduardo Paes e ao pré-candidato do PMDB a prefeitura, Pedro Paulo.

O presidente estadual do PSOL RJ, Tarcísio Mota, foi quem conduziu o evento. Ele apresentou as mais de 30 pessoas que sentaram ao lado de Freixo durante o lançamento da pré-campanha. Todos os, vereadores, deputados estaduais e federais do PSOL estiveram presentes.

Antes do evento se iniciar, Freixo deu uma coletiva de imprensa e classificou esta eleição como uma das “mais difíceis da história do Rio de Janeiro” e que poderá vencer pela coerência, pois é o único partido que combate o PMDB desde o início, isto é, que nunca se aliou. “Se formos ao segundo turno as chances de vitórias serão enormes por conta do apelo popular e da força de militância do PSOL”. Freixo ainda falou que dificilmente irá fazer uma outra aliança que não seja com o PCB. Questionado sobre a entrevista em que deu a Carta Capital e das críticas que recebeu de Pedro Paulo, que teria dito que sua política era atrasada, Freixo respondeu que “atrasado é quem bate em mulher”. Freixo falou ainda que irá bater muita na tecla da agressão contra as mulheres, pois deseja uma cidade democrática. “Uma cidade em que se bate em mulher e se mata homossexuais não é uma cidade democrática”. Sobre os BRTs que serãoo inaugurados, Freixo respondeu que o ideal é que o corredor fosse feito sobre trilhos. Em seguida enfatizou que o intuito é ter um poder público forte na cidade, mas que pretendem ter diálogo com a iniciativa privada. Por fim, voltou a dizer que a cidade precisa de mais democracia, com mais participação do cidadão e que o carioca sinta que a cidade é mais dele.

Discurso da vice

Pré-candidata a vice na chapa de Freixo, a professora de direito da UFRJ, Luciana Boiteux, fez um breve discurso onde saudou seus alunos e seus colegas professores, dizendo que uma cidade que pensa em educação pública de qualidade precisa tratar melhor seus professores. “A educação é quem vai transformar a cidade”. Ainda de acordo com ela, também é preciso transformar o Rio em uma cidade segura para as mulheres, fazendo com elas tenham voz e que é necessário acabar com a violência. “Moramos em uma cidade onde policiais confundem sacos de pipoca com porções de drogas”, argumentou pedindo um minuto de silêncio pela morte do garoto no Morro do Borel e do universitário da UFRJ possivelmente assassinado por crime de homofobia.

Freixo no palco

Quando finalmente foi chamado para discursar, convidou a moradora da Vila Autódromo, Maria da Penha, até o palco e disse que “a prefeitura do Rio de Janeiro ofereceu a essa mulher R$ 2 milhões para ela. Não de indenização, mas para ficar calada diante das remoções que por lá aconteceriam, mas ela não aceitou”. Depois, saudou os garis, professores, alunos secundaristas e as mulheres. “Estou vendo aqui uma bandeira escrita: mulheres com Freixo. Isso é ótima para um lugar em que um espancador deseja ser prefeito”. Seguindo nos ataques, Freixo falou que Pedro Paulo o acusou de ser defender coisas que não deram certo na política. “Se eu estou errado, essa multidão que está aqui comigo hoje também está. Atrasado é o PMDB, que é machista, sexista, homofóbico, entre outras coisas”, completou.

Freixo disse que o PSOL está fazendo um trabalho de base que a esquerda, outros partidos, esqueceu de fazer. “Fazer uma aliança pra quê? Tem gente demais aqui. A aliança ta feita e deu certo. Vamos ocupar as praças, as ruas e a internet. Não vou fazer aliança para ganhar dois minutos de TV que possam me fazer perder pessoas”. Freixo se mostrou otimista com a possibilidade de vencer a eleição. “É muito possível. A campanha será curta e eles já perceberam que será difícil”.

Debates nas TV


Por fim, Freixo terminou seu discurso falando sobre a sua possível ausência dos debates de TV conforme a lei eleitoral. “Já avisei a todas as emissoras. Caso não me convidem a participar, estarão tirando o direito dos eleitores de assistir. Se isso ocorrer, vamos convidar a todos para irem à porta das emissoras e de lá, irei comentar o debate ao vivo via redes sociais. Se eles acham que podem nos deixar invisíveis, estão enganados”, concluiu. 

terça-feira, 21 de junho de 2016

Jandira Feghali lança sua pré-candidatura a prefeita do Rio


A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) lançou na noite desta segunda-feira (20) a sua pré-candidatura a prefeita do Rio de Janeiro. O evento, que lotou a Fundição Progresso, teve a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de vários outros políticos dos dois partidos citados, além de artistas e militantes.

Jandira disse estar preparada para ser prefeita do Rio, argumentou participar de uma aliança com PT que faz com que sejam uma “esquerda que faz e realiza, muda a vida das pessoas. É a esquerda que não faz blá blá e que fica só na denúncia, é a que faz acontecer, que muda a vida da população e dos que mais precisam do poder público”.

A pré-candidata também falou que durante as gestões de Lula e Dilma no governo federal, o Rio sempre recebeu bastante ajuda financeira, mas que apesar de tudo, os governos estadual e municipal não souberam usar essa verba para melhorar a vida “dos mais necessitados” e investiram somente na Olimpíada. “Só do PAC foram 270 bilhões de reais e para o governo do Estado 232 bilhões de reais. Só em obras de legado olímpico foram 40 bilhões de reais, isso significa que qualquer legado que tivermos aqui é fruto do investimento dos nossos governos”, explicou.

Em dado momento, Jandira comparou as acusações de seu possível envolvimento em caixa dois de campanha com propagandas mentirosas similares as que ocorriam durante o nazismo. Ela acusou a rede Globo de comandar esses ataques. “A propaganda da mentira que é sustentada pela rede Globo, que tenta colocar Lula e Jandira como pessoas vinculadas a corrupção, vão tomar um processo na cara e vamos entrar com um processo no Superior Tribunal Federal para que esse processo seja arquivado. Corrupção não cola em quem tem uma vida digna”.

Lula defende Olimpíada


Lula disse que quando foi reeleito em 2006 prometeu investir no Rio de Janeiro, pois de acordo com ele “era necessário tirar o estado e a cidade das páginas policiais”. O ex-presidente afirmou que era preciso mostrar o jeito carioca com suas belezas naturais, sem a violência. “Tínhamos que garantir o Rio o direito de reerguer a cabeça”.

Ainda sobre o Rio, Lula disse que nos últimos 50 anos não existiu um governo que transferiu tanto dinheiro do governo federal para o Rio de Janeiro quanto o dele e de Dilma. Em seguida, emendou dizendo que as pessoas precisam vibrar com a Olimpíada. “Se alguém tem vergonha da realização da Olimpíada, eu digo que tem que ter orgulho, por que foi um momento de ouro na minha vida trazer os jogos para nosso país. Mesmo se nenhum atleta brasileiro ganhar medalhas, a melhor medalha será mostrar ao mundo que somos cidadãos de respeito, de primeira classe e que não devemos nada a ninguém. Se alguém tem vergonha de ser brasileiro e queria dizer ao prefeito e governador, digam para eles não esconder os pobres, mostrar a cara do povo como ela é. Se a gente tiver vergonha da gente e não se respeitar, o que será de nós?”.


Por fim, Lula terminou seu discurso exaltando o seu orgulho e prazer que sentia em estar alui, e que após as convenções partidárias estará no Rio fazendo campanha para Jandira. “É quem eu acho que será melhor para o Rio de Janeiro, estou com ela”.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Romário lança pré-candidatura a prefeito do Rio


O senador Romário Faria (PSB) lançou sua pré-candidatura a prefeito do Rio de Janeiro na sede do seu partido durante a tarde desta segunda-feira (20). A cerimônia de lançamento durou pouco mais de 10 minutos, onde o ex-jogador se diz capaz de ocupar o cargo se baseando nos milhares de votos que teve quando eleito senador. Em sua fala, por diversas vezes, ele destacou que não tem "medo" de enfrentar uma disputa eleitoral em que possivelmente várias "mentiras" sobre ele deveram vir à tona por meio de seus adversários políticos.

 Na sede haviam mais de 100 pessoas que assistiram o senador anunciar sua pré-candidatura. Em seu discurso, Romário lembrou que está na política há pouco mais de cinco anos e que neste tempo aprendeu que uma política correta se faz com pessoas livres, que participam e que realmente tem propostas. Sobre possíveis questionamentos sobre a sua candidatura, Romário afirmou que se sente legitimado a se candidatar, principalmente por que  na última eleição recebeu quase quatro milhões e duzentos mil votos no Estado e quase um milhão e oitocentos mil votos na cidade do Rio de Janeiro.  “Qualquer outro parlamentar que tivesse essa mesma quantidade de voto que eu tive poderia estar aqui hoje se colocando como pré-candidato. Por acaso, esse foi o meu”

Romário também falou sobre possíveis questionamentos sobre sua falta de experiência em um cargo executivo. “Quando eu me candidatei ao senado, muitos comentaram sobre a minha falta de experiência e realmente eu não tinha, afinal eu ainda era deputado. Mas hoje, infelizmente, todos os experientes estão sendo pegos e essa experiência eu não quero ter. E não vou ter! A experiência começa na prática, e no momento que a gente assume o cargo, vamos aprendendo e ganhando experiência.

O senador ainda disse que durante uma possível campanha será atacado pelos adversários com “mentiras” sobre sua vida pessoal e profissional.  ‘Quero dizer que como pré-candidato eu me sinto honrado e preparado para passar pelas dificuldades que passarei, eu posso antecipar que muitas coisas negativas virão a tona por minha conduta política. Posso afirmar que eu não tenho rabo preso com ninguém. Assim como ocorreram muitas mentiras sobre minhas visões políticas, eu tenho certeza que com essa decisão muitas mentiras virão a tona, mas quero reafirmar que o bem sempre está a frente do mal, e que assim como já desmenti vários, vou continuar. Podem anotar que dentro da política eu sou descente e faço uma política com um único objetivo: melhorar a qualidade de vida do nosso povo, e assim será quando eu for o candidato oficial do PSB. Sei da responsabilidade do cargo de ser prefeito de uma das cidades mais conhecidas do planeta”, concluiu.

Impeachment

Caso Romário pedisse licença do Senado para se dedicar a sua pré-campanha, quem assumiria seria João Batista Lemos, que é do PCdoB, o que indicaria um provável voto a mais para a não aceitação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Essa possibilidade foi afastada por Romário.


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Ibmec realiza debate entre pré-candidatos a prefeito do Rio

A cordialidade entre os candidatos predominou por todo o debate
Um debate entre possíveis candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro foi realizado na noite desta segunda-feira (17) no Ibmec Barra. Estiveram presentes o deputado estadual Carlos Osório, o deputado federal Índio da Costa e o professor Rodrigo Mozzomo. Os três fizeram uma discussão bastante amistosa, com poucas divergências. O destaque foi à posição radical de política à direita defendida por Mozzomo e as críticas a gestão municipal por parte de Osório e Índio.

O debate, realizado em cinco blocos, foi organizado pela agência experimental acadêmica do Ibmec, a Panorama, e intermediado por professores. De início, os pré-candidatos se apresentaram a plateia que tomou todos os 190 lugares disponíveis. Índio disse que foi autor da primeira lei da ficha limpa (a que não foi para frente), e que se orgulhava de ter sido o relator da lei que está em vigor. E falou da sua experiência como gestor nos bairros do Flamengo e Copacabana, além do atual cargo. Já Rodrigo Mezzomo se apresentou como um homem da iniciativa privada. Ele que a população carioca se acostumou a debater o país e não pensar na cidade. Algo que necessita mudar. E que o Rio está em guerra civil. O deputado Osório afirmou que sua vida pública começou em 2001, com o sonho de trazer os jogos olímpicos para o Rio de Janeiro. Depois falou que em 2009 foi convidado pela atual gestão municipal para assumir uma das secretarias, foi quando se apaixonou de fato pela vida pública. “Conheci de Santa Cruz a Ipanema. De Campo Grande a Barra da Tijuca. Cheguei à conclusão que não estou satisfeito com a cidade por isso me apresento como candidato, pra fazer a cidade funcionar e dar qualidade de vida”

No segundo bloco, cada pré-candidato falou de um tema em específico. Osório falou de
Osório fez críticas à atual gestão
educação, onde reconheceu avanços da prefeitura no primeiro mandato, e estagnação no segundo. De acordo com ele, é necessário valorizar os profissionais desta área. Já Rodrigo falou sobre saúde, a qual definiu como “um desastre” este setor ser gerido pelo estado. “A solução seria a prefeitura promover um sistema de saúde a todos, mas que não necessitasse de operar. Eu formaria uma grande empresa em conjunto com as empresas de saúde e deixaria que elas cuidassem de tudo, iria apenas fiscalizar. Já Índio argumentou sobre infraestrutura, dizendo que a cidade cresceu sem planejamento. Disse que caso fosse prefeito iria transformar a secretaria de urbanização em planejamento, e fazer como César Maia. “Não há fiscalização na terceirização efetiva. Naquela época não caia ciclovia que desmoronava. Têm acontecido mortes nos BRTs. Os últimos 10 anos para o Rio nesta área foram terríveis”.

Terceiro bloco

Neste bloco um pré-candidato escolheu outro para responder uma pergunta. Osório perguntou a Índio se a reeleição de Eduardo Paes foi ruim para cidade, já que de acordo com Osório ocorreu avanços no primeiro mandato, mas que segundo foi descolado da cidade. Índio respondeu que foi ruim e falou que a atual administração deixou a previdência em situação péssima financeiramente. “Vamos pagar mais de 1 bilhão por ano por conta do prejuízo da prefeitura. Peguei a secretaria com 600 milhões em caixa e deixei com 2 bilhões e meio em caixa. Até 2054 vamos pagar dívidas da Olimpíada. Osório teve a palavra novamente e argumentou que atualmente o sentimento do servidor público municipal é de temor, imaginando que que ele pode ser o estadual amanhã, isto é, ficar com salário atrasado ou nem receber como ocorreu com os aposentados.

Em seguida foi a vez de Rodrigo perguntar a Índio, dizendo que o Rio tem um domínio da
Rodrigo disse que Rio vive guerra civil
esquerda há anos. Houve planejamento demais e execução de menos com pouquíssimas regras urbanas. Ele questionou se não deveria ser feito aqui como Nova Iorque. Índio disse que Nova Iorque tem regras muito claras. Uma regulação objetiva e seria. No Rio para se comprar um terreno e fazer uma casa se leva mais de um ano por conta da burocracia. Temos que acabar com a licença de obra e o habite-se. Isso espanta investimentos.

Depois foi a vez de Índio fazer a pergunta, questionando a Rodrigo: o que ele faria com segurança pública na cidade. Rodrigo voltou a dizer que a cidade está em plena guerra civil com mais de 60 mil homicídios ao ano. E que a prefeitura diz que isso é problema do governo estadual, o que classifica como uma posição débil/covarde da prefeitura. “Temos uma Guarda Municipal que não cumpre suas funções. Ela têm que ter capacidade de usar a força. Hoje o Guarda tem a mesma utilidade de um guia turístico da Disney. A polícia não dá conta. Não adianta secretaria de cultura se você vai ao teatro e morre”.

Como ninguém direcionou uma pergunta a Osório, ele pôde escolher um tema e também falou sobre segurança. O deputado disse entender que é uma irresponsabilidade ficar dizendo que o problema da segurança é do governo estadual, que o prefeito não pode agir assim. Os Guardas hoje são quase disfuncionais, não é foco da prefeitura. Devemos treinar e motivar o guarda. “Dar maior eficiência do estado”. 

Quarto bloco

Índio prometeu investir na Guarda
Perguntas feitas pelas plateia e por internautas foram sorteadas e passadas aos pré-candidatos. Índio falou do compromisso com as classes menos favorecidas. Segundo ele, não há solução que não seja pelo crescimento econômico. “Tráfico ou milícias que tem poder financeiro nessas áreas, por isso temos que fazer uma concorrência com essa turma. Gerar valor e renda nas comunidades. Método de financiamento como o “juro zero” que ocorre em Santa Catarina ou o Fundo carioca: que dá aporte recursos e entrega o equipamento. Devemos interromper o crescimento demográfico nessas áreas”.

Osório falou de econômica, onde de acordo com ele o Rio pode atuar na recuperação e no desenvolvimento econômico do país. “O próximo prefeito tem que atrair investimentos pro Rio. Eu terei como brigar pra trazer investimentos pra cidade. Tenho experiência e bom trânsito entre investidores”. Ainda segundo Osório deve-se cuidar da entrada dos jovens no mercado de trabalho, tanto os universitários, quanto aqueles que deixam o segundo grau. “A prefeitura do Rio é omissa nisso. Terminado os jogos olímpicos teremos 50 mil desempregados: qual o plano?”, questionou.


Sobre saúde, Rodrigo acredita que o governo não faz estudos técnicos. “A municipalização dos hospitais estaduais irá custar 500 milhões ao ano a prefeitura, e isso aconteceu apenas para dar vitrine ao candidato do prefeito. Poderia trabalhar na saúde como ocorre com o DPVAT, que paga de modo privado todas as vítimas de acidentes no Brasil há 40 anos”, explicou. No quinto bloco, os pré-candidatos fizeram suas considerações finais e agradeceram aos que compareceram, além dos organizadores.