quinta-feira, 25 de junho de 2015

Cariocas protestam contra degradação do meio ambiente para Olimpíada

No próximo dia 5 de agosto faltará exatamente um ano para a abertura da Olimpíada do Rio de Janeiro 2016. A população carioca deveria estar em festa e ansiosa para a chegada dos jogos, mas não é bem assim. O tal dito legado, que ficaria para a cidade com a realização do evento, está longe de ocorrer. Remoções, descumprimento de leis ambientais, problemas de estrutura e logística, além da não despoluição da Baía de Guanabara, geram frustrações em boa parte dos cariocas que formaram vários grupos para protestar contra esses temas.

Esses grupos devem se juntar e ir as ruas no dia 5 de agosto em um grande protesto contra a realização da Olimpíada e tudo o que aconteceu e irá ocorrer por conta da realização do evento. O local ainda será definido, aliás, o protesto pode acontecer em mais de um lugar, mas todos estes vão ilustrar a indignação do povo carioca.

A construção do campo de golf e de um empreendimento na Maria da Glória, além da poluição na Baía de Guanabara, gerou um protesto na tarde de quarta-feira (24) no Centro do Rio, onde acontecia o XI Congresso Brasileiro de Defesa do Meio Ambiente. Manifestantes foram para a porta da sede do Clube dos Engenheiros, onde ocorria o evento, e com uma caixa de som falaram a população todos os pontos que estariam gerando problemas ao meio ambiente.

Um dos ativistas é o biólogo Marcelo Mello, que desafiou o prefeito do Rio, Eduardo Paes,
o governador, Luiz Fernando Pezão, e o secretário municipal do Rio, André Corrêa, a irem até a Baía de Guanabara e realizar um mergulho. “Se eles toparem eu os acompanho, mas não vamos usar equipamentos de proteção. Vamos na cara e na coragem. Aliás, será que eles possuem coragem para pular lá e de repente ficarem doentes? Paes e Pezão estão poluindo a nossa cidade, eles receberam uma cidade maravilhosa e vão entregar totalmente poluída. A preocupação é somente com os empresários e a especulação imobiliária”, disse o biólogo.


O protesto durou aproximadamente três horas, mas o prefeito e o governador não passaram por lá. Já o secretário passou rapidamente, ele foi vaiado e os manifestantes pediram que ele saísse da secretaria.