Os professores das redes estadual e municipal do
Rio de Janeiro vão continuar a greve. A decisão ocorreu na sexta-feira (30)
durante assembleia realizada no Club Municipal, na Tijuca. Com isso, eles
ignoram a determinação do Tribunal da Justiça que julgou a greve ilegal e
informou que caso ela permanecesse o sindicato seria multado em R$ 300 mil ao
dia.
Ainda durante a assembleia, o Sindicato Estadual de
Profissionais de Ensino (Sepe) repudiou a ação da polícia no protesto de
quarta-feira (28), quando houve confronto e algumas pessoas ficaram feridas.
Na ocasião, uma professora chegou a ser presa. Com os braços cruzados desde o
dia 12 de maio, os educadores saíram em passeata e bloquearam duas pistas da
avenida Presidente Vargas, mas desta vez
o protesto ocorreu de maneira pacífica.
Na próxima quarta-feira (4) uma reunião de conciliação
entre o Sepe, Prefeitura do Rio e governo do Estado irá ocorrer no Tribunal de
Justiça, a desembargadora Leila Mariano está à frente do caso. Os educadores
reivindicam 20% de reajuste salarial, melhores condições de trabalho,
transformação das merendeiras em cozinheiras, entre outros.
Não vai ter Copa
Ainda na sexta-feira (30), centenas de pessoas se
organizaram na Cinelândia, no Centro do Rio, para se manifestarem contra a
realização da Copa do Mundo. O grupo acabou se reunindo com os professore em
frente a Central do Brasil. Depois os manifestantes caminharam pela avenida
Presidente Vargas até a prefeitura, onde o protesto terminou. A caminhada foi
acompanhada por policiais militares, mas tudo ocorreu de maneira pacífica.