sábado, 31 de maio de 2014

Professores do Rio resistem à determinação judicial e mantém greve

Os professores das redes estadual e municipal do Rio de Janeiro vão continuar a greve. A decisão ocorreu na sexta-feira (30) durante assembleia realizada no Club Municipal, na Tijuca. Com isso, eles ignoram a determinação do Tribunal da Justiça que julgou a greve ilegal e informou que caso ela permanecesse o sindicato seria multado em R$ 300 mil ao dia.

Ainda durante a assembleia, o Sindicato Estadual de Profissionais de Ensino (Sepe) repudiou a ação da polícia no protesto de quarta-feira (28), quando houve confronto e algumas pessoas ficaram feridas. Na ocasião, uma professora chegou a ser presa. Com os braços cruzados desde o dia 12 de maio, os educadores saíram em passeata e bloquearam duas pistas da avenida Presidente Vargas, mas  desta vez o protesto ocorreu de maneira pacífica.

Na próxima quarta-feira (4) uma reunião de conciliação entre o Sepe, Prefeitura do Rio e governo do Estado irá ocorrer no Tribunal de Justiça, a desembargadora Leila Mariano está à frente do caso. Os educadores reivindicam 20% de reajuste salarial, melhores condições de trabalho, transformação das merendeiras em cozinheiras, entre outros.


Não vai ter Copa


Ainda na sexta-feira (30), centenas de pessoas se organizaram na Cinelândia, no Centro do Rio, para se manifestarem contra a realização da Copa do Mundo. O grupo acabou se reunindo com os professore em frente a Central do Brasil. Depois os manifestantes caminharam pela avenida Presidente Vargas até a prefeitura, onde o protesto terminou. A caminhada foi acompanhada por policiais militares, mas tudo ocorreu de maneira pacífica. 

Segurança pública é tema de pré-campanha do PSOL no Rio

Segurança pública deve ser um dos temas – se não o principal – que os candidatos ao governo do Rio de Janeiro vão dar ênfase durante as respectivas campanhas. Na noite de quinta-feira (29) o PSOL-RJ iniciou debates para construir seu programa para as eleições, segurança pública e direitos humanos foram os temas discutidos no salão nobre do IFCS da UFRJ. O tráfico de armas e o sistema prisional devem ser os itens que podem diferenciar o partido dos demais.

A discussão foi intermediada pelo pré-candidato ao Palácio da Guanabara, o professor Tarcísio Motta. Ele iniciou sua fala pedindo a desmilitarização do Estado, pois segundo o mesmo, este é “governado por um olhar militar, que coloca o lucro acima da vida”. Em seguida, o vereador Renato Cinco direcionou a sua fala ao combate as drogas, defendendo a legalização da maconha, que de acordo com ele é um “problema de saúde pública que necessita de urgência para ser resolvido”. Mc Leonardo Apafunk, que é da Rocinha, também participou e foi muito duro em suas críticas ao atual sistema de segurança pública e as Unidades de Pacificação Policial (UPP). “Qual a diferença do Rubens Paiva para o Amarildo? Nenhuma! Ambos foram sequestrados e torturados por militares”, disse. Ele revelou que atualmente todos os moradores das comunidades do Rio vivem com medo até dentro de suas casas. “Hoje o policial entra na nossa residência e nem pede licença”.

Por fim, o deputado estadual Marcelo Freixo, ressaltou que na sua visão o Estado quase não se preocupa com o tráfico de armas e o sistema prisional. Sobre este último, o parlamentar disse que “quanto mais pessoas presas, os controladores do sistema ganham dinheiro”. Além disso, falou que o atual sistema carcerário não consegue recuperar quase que nenhum indivíduo e foi além, argumentou “que as pessoas se tornam piores por viver em um ambiente sem qualquer respeito a integridade humana”.

Segundo seminário


Segunda-feira (2) outro seminário será realizado pelo PSOL no mesmo local. A discussão será norteada pelo modelo atual de desenvolvimento e meio-ambiente. Participam do debate, o vereador de Niterói e Presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Saneamento da Câmara de Niterói, Henrique Vieira; o economista do BNDES e presidente do PSOL Carioca, Allan Mesentier, a membro da Rede Jubileu Sul, Sandra Quintelam e o representante do MST, Eduardo Bacellos.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

PM ataca professores em protesto e até o "Batman" fica ferido

Professores e o "Batman" bloqueiam Presidente Vargas
O protesto dos professores das redes municipal e estadual do Rio de Janeiro ocorrido nesta quarta-feira (28) terminou na porta da delegacia. Isso, porque um dos educadores acabou sendo preso pela Polícia Militar (PM) e o restante da categoria foi até 17° Delegacia de Polícia pedir pela liberação. Antes disso, houve confronto entre os militares e professores, que deixou algumas pessoas feridas.

No início desta tarde, cerca de 300 professores se concentraram na avenida Presidente Vargas em frente a prefeitura, para aguardar o término da reunião entre seus representantes e o município. Os educadores resolveram fechar a via. Neste instante, a polícia lançou bombas de gás e usou até o cassetete para tentar dispersar o protesto. Várias pessoas ficaram machucadas, entre elas Eron Morais de Melo, conhecido como ‘’Batman’’, que ficou ferido na cabeça. “A polícia agiu de forma truculenta, mas a luta continua! Eu levei cinco pontos, mas isso não é nada perto da minha indignação”, contou.
"Batman",de 33 anos, apanhou e levou cinco pontos na cabeça

Após o término da reunião, onde as partes não chegaram a um acordo, os professores foram em passeata até a Secretaria Estadual de Educação. Na porta do prédio ocorreu mais um confronto entre manifestantes e policiais, que culminou na prisão de uma professora. Segundo a polícia, ela foi presa após tentar pichar o muro da entidade. Passado a confusão, os educadores foram para a Central do Brasil, onde optaram por aguardar até sexta-feira (30) para definirem o rumo da greve, já que ela foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça, com multa de R$ 300 mil ao dia em caso de descumprimento.


Vigília na delegacia

Equipamento eletrônico expõe frase na faixada da delegacia 

No início desta noite, dezenas de professores foram para a porta da 17° DP (São Cristovão), onde a educadora detida foi encaminhada. Eles seguem protestando na porta da delegacia e disseram que só vão deixar o local após a liberação da mulher. Advogados do sindicato trabalham para que a professora “Luana” seja libertada.

Rio amanhece com greve dos rodoviários

 Parte dos rodoviários do Rio de Janeiro decidiram cruzar os braços e não vão trabalhar nesta quarta-feira (28). A decisão ocorreu o início da noite de ontem durante uma assembleia da categoria ocorrida na Candelária. A paralisação ocorrerá a princípio por 24 horas, no entanto, se nada for acertado com o sindicato e com as empresas de ônibus, a greve pode se estender.

Na terça-feira (27) à tarde ocorreu uma audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT), no Centro, com o propósito de investigar supostas irregularidades no acordo feito entre o sindicato dos rodoviários, o Sintraturb, e a Rio Ônibus (associação das empresas). Por conta desta suspeita e por não aceitarem o reajuste de 10% no salário acordado entre as partes, alguns rodoviários se desvincularam do sindicato.

Na audiência não ouve acordo, o que levou os rodoviários a pararem suas atividades por um dia. Na próxima sexta-feira (30) eles voltam a se reunir para decidir se param novamente ou suspendem as manifestações, caso optem pela greve, esta pode ocorrer por tempo indeterminado, isso há pouco menos de 12 dias do início da Copa do Mundo.



Diretor vai embora escoltado

Um dos diretores do Sintraturb, Antônio Gustamonte, foi até a assembleia para conversar com os líderes do movimento, mas teve que sair de lá escoltado pelos policiais do Batalhão de Eventos ao ser cercado por vários rodoviários que o acusavam de defender os interesses dos proprietários de ônibus, e não da categoria.

Reivindicações

A categoria está insatisfeita com sua remuneração, a jornada dupla (quando o motorista também assume o papel de cobrador) e não aceita o acordo feito ente o sindicado e os proprietários das empresas de ônibus. Além disso, reclamam das condições de trabalho e da cesta básica. “Se o sindicato e os patrões não quiserem sentar conosco, vamos parar o Rio de Janeiro”, disse um dos rodoviários, Luíz Cláudio da Rocha.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Professores protestam durante ida de jogadores da Seleção para Teresópolis


Dezenas de professores fizeram uma manifestação em frente ao hotel onde a Seleção Brasileira estava hospedada na manhã desta segunda-feira (26) no Rio de Janeiro. Os manifestantes, que são contrários a realização da Copa do Mundo, são profissionais das redes estadual e municipal do Rio. Eles fixaram diversos panfletos no ônibus que levou os jogadores até Teresópolis, na região Serrana, e felizmente o protesto foi pacífico.

“Da Copa eu abro mão, quero mais dinheiro para a saúde e educação”, este era o principal grito dos professores durante a manifestação em frente ao hotel, que fica ao lado do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão. Os educadores reclamam dos valores investidos pelo governo federal na realização da Copa, onde segundo os mesmos, tais verbas deveriam terem sido destinadas para resolver carências da sociedade nacional, como a educação.


Os professores do Rio estão em greve unificada há mais de um mês e ainda não há expectativa de quando voltam a ministrar aulas. Na quarta-feira (28) a categoria municipal terá uma reunião de acordo com o prefeito Eduardo Paes. Já na esfera estadual – até o momento – não houve sinalização de acordos.

Rolezinho


No sábado os professores participaram de “rolezinhos” em shoppings do Rio de Janeiro. Eles organizaram um passeio pelos centros de compras para tentar chamar a atenção da população da importância da educação para o país e mobilizar as pessoas a abraçarem a causa. Os educadores pedem reajuste salarial de 20%, além de melhores condições de trabalho

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Professores do Rio permanecem em greve e vão esperar por Seleção no aeroporto

Professores permanecem em greve por tempo indeterminado
 Professores das redes estadual e municipal do Rio de Janeiro optaram por permanecer em greve unificada. A decisão ocorreu nesta quinta-feira (22) durante assembleia realizada no Club Hebraica em Laranjeiras. Na ocasião, também foi acertado que a categoria irá receber a Seleção Brasileira na próxima segunda-feira (26) no Aeroporto Internacional (Tom Jobim), onde irão fazer uma manifestação. Além disso, os professores da rede estadual tiveram o que comemorar, já que foram recebidos por um secretário do governo, que vai intermediar uma reunião junto ao governador Luiz Fernando Pezão.

Três mil pessoas participaram da assembleia em Laranjeiras
Aproximadamente três mil pessoas participaram da assembleia, onde os professores traçaram várias metas. Foi divulgado que cinco representantes da categoria da rede municipal irá se reunir com o prefeito Eduardo Paes na próxima quarta-feira (28) na prefeitura. A partir disso, foi combinado que os demais professores vão ocupar a avenida Presidente Vargas para aguardar o resultado da reunião.

Outra meta que foi traçada é a recepção à Seleção Brasileira, que vai desembarcar no Galeão às 10h de segunda-feira e depois seguir rumo a Teresópolis, na região Serrana. O objetivo é chamar a atenção da mídia mundial para a causa dos professores, já que segundo a categoria são esperados mais de 90 jornalistas de todo o mundo no aeroporto.

Passeata e reunião no Palácio


Professores dialogam com a polícia para liberação da via
Após a assembleia, os professores bloquearam várias ruas de Laranjeiras seguindo rumo ao Palácio da Guanabara, quando chegaram a rua Pinheiro Machado, resolveram bloquear a via após o caminhão de som deles ser impedido de seguir por militares do 2° Batalhão de Botafogo. A rua ficou interditada por quase três horas. 
Seis representantes da categoria se reuniram com o secretário estadual da Casa Civil, Leonardo Espíndola, que prometeu conversar com o governador e agendar uma reunião com a categoria.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Debate de pré-candidatos ao governo do Rio é amistoso e com ausências

Pré-candidatos em debate no Ibmec no Rio, Foto: Divulgação
Morno. Foi assim o primeiro debate dos pré-candidatos ao governo do Rio de Janeiro ocorrido na noite de segunda-feira (19) no Ibmec, na Barra da Tijuca. Os ataques que normalmente ocorrem quando os candidatos estão frente a frente desta vez não aconteceram. Talvez pela ausência de três nomes fortes para a disputada em outubro, já que Luiz Fernando Pezão (PMDB), Marcelo Crivella (PRB) e Lindbergh Farias (PT) não compareceram, ou também por algumas indefinições, já que o PSDB parece em dúvida se irá lançar ou não um nome próprio, sendo ontem representado pelo deputado Otávio Leite. Críticas mesmo só ao atual governos estadual.
Durante pouco mais de duas horas de debate, Anthony Garotinho (PR) – um dos nomes fortes para vencer a disputa – foi o destaque, apesar do clima de boa vizinhança entre os candidatos. Ele fez diversas comparações de seu período como governador com a atual gestão com o intuito de dizer que fez um trabalho melhor. Em uma dessas se referiu a educação. “Inseri o vencimento básico aos professores e comecei a pagar o 13° integralmente. A última vez que um professore da UREJ teve aumento salarial foi na minha gestão”. Os ataques ao governo atual continuou nos transportes, onde ele criticou a forma de gestão do transporte rodoviário, dizendo que a Fetranspor é patrocinadora do governo.

O vereador Cesar Maia (DEM), o deputado federal Miro Teixeira (PROS) e o professor Tarcisio Mota (PSOL) também participaram. Todos, exceto Cesar Maia, seguiram a linha de Garotinho e fizeram críticas a atual gestão do governo. “Não chegamos ainda no modelo ideal, mas não há como negar que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) foi um importante avanço no combate ao crime no Rio de Janeiro”, comentou Cesar Maia, que pode ter como aliado regional o PSDB.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Manifestantes protestam contra a Copa


Mais de duas mil pessoas participaram de uma manifestação contra a realização da Copa do Mundo, na tarde e início de noite desta quinta-feira (15) no Rio de Janeiro. Vários grupos sociais, estudantes, professores grevistas das redes municipal e estadual, entre outros, participaram de uma passeata pela avenida Presidente Vargas. O movimento ocorreu pacificamente e foi acompanhado de perto pela Polícia Militar (PM).

A manifestação se iniciou em frente à Central do Brasil, depois seguiu pela Presidente Vargas até a prefeitura. O principal foco era protestar contra a realização da Copa e os gastos que saíram dos cofres públicos para que o evento fosse garantido. “É um absurdo! Não estamos contra o esporte, mas neste momento nosso país precisa de verbas para a educação, saúde, transporte, e não para realização de um evento deste tamanho. Ainda mais com esses gastos”, disse revoltado o estudante Marcos Henrique Costa.


O professor Maurílio de Sá participou do movimento, ele também está contra a realização da Copa, mas neste momento pede para que os governos municipal e estadual do Rio atenda as reivindicações dos professores. “Queremos um reajuste salarial de 20% e melhores condições de trabalho. Não é possível que o prefeito e o governador não desejam uma educação melhor”, questionou.

Black Blocks



















Vários integrantes dos Black Blocks estiveram no ato. Eles assumiram a frente da passeata e a conduziu gritando que não terá Copa. Em sua faixas eles criticam a Fifa e pede para que ela vá embora do Brasil e volte para Suíça. Durante o trajeto, um álbum de figurinhas da Copa foi queimado.

Rodoviários não apareceram


Em cima de um caminhão de som, os professores entoavam o coro: “a nossa luta purificou, rodoviário estudante e professor”. Apesar de citarem os rodoviários, a categoria não se juntou ao movimento. Eles participaram de uma assembleia na Candelária durante a tarde, onde optaram por realizar uma outra reunião na próxima terça-feira (20), na ocasião, vão decidir se cruzam os braços novamente. 

A princípio os rodoviários seguiam pela avenida Uruguai até a Presidente Vargas, onde encontrariam com o restante do movimento, porém, eles acabaram desistindo de se integrarem a manifestação. O motivo ainda não foi revelado pelos líderes do grupo, que rompeu com o seu sindicato.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Roberto Rocco do PV será vice na possível candidatura de Lindbergh ao Estado

O Partido Verde (PV) anunciou na segunda-feira (12) que irá apoiar à pré-candidatura do senador Lindberg Farias, do Partido dos Trabalhadores (PT), ao governo do Rio de Janeiro. A decisão de apoiar a aliança com foi aprovada por ampla maioria da Executiva do PV, com 14 votos a favor e um contra. Também foi oficializado que o ambientalista Roberto Rocco (PV) será o pré-candidato a vice-governador. O PC do B também faz parte da aliança.

Lindbergh diz estar bastante satisfeito com a aliança, fez questão de relembrar quando a mesma foi feita em 1996, quando fizeram um abraço simbólico na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio, e depois falou que somente esta aliança é capaz de “transformar” o Estado. ‘Estamos construindo uma coisa nova no Rio de Janeiro e no Brasil. A gente quer um governo de transformação, para o povo, que traga a juventude para fazer política novamente”.

Durante o evento, ocorrido em um hotel no Centro do Rio, lideranças dos três partidos estiveram presentes e discursaram. Rocco criticou a política adotada pelo atual governo estadual e falou que é necessária uma transformação no Estado, com melhorias na mobilidade urbana, saúde e saneamento básico. “O Rio merece planos para desenvolver, para isso iremos fazer uma gestão programática, com propósito de desenvolvimento sustentável”, explicou. A pré-candidata ao senado e deputada federal, Jandira Feghali (PC do B), destacou que a aliança pretende resgatar uma aliança antiga entre os partidos. “Ela nos trará de volta a juventude e os movimentos sociais, que estavam ausentes devido ao descrédito com a classe política”.

PT e PR querem apoio do PDT – atualmente aliado do PMDB - no Rio

O presidente do PT do Rio, Washington Quáquá destacou a aliança firmada nesta segunda-feira e diz que espera fechar com o PDT. “Junta todas as tradições de esquerda: a libertária e ecológica, materializada no PV; a esquerda marxista-socialista, do Pc do B e a esquerda socialista do PT, faltando ainda juntar o espectro trabalhista do PDT”. Na quinta-feira (8), durante uma reunião de membro do PR, o deputado federal e pré-candidato ao governo do Rio, Anthony Garotinho também afirmou que há possibilidade do PDT firmar uma aliança com seu partido. No entanto, para um dos partidos conseguirem uma parceria com o PDT, vão precisar primeiro desbancar o PMDB do atual governador e pré-candidato Luiz Pezão, que há anos é parceiro do partido

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Garotinho e membros do PDT estudam a quem apoiar para presidente

 Liderados pelo deputado federal e pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, mais de 300 membros do Partido da República (PR) do Rio de Janeiro se reuniram no Club Municipal na Tijuca, na quinta-feira (8), onde votaram um indicativo para resolveram qual o candidato irão apoiar para presidente nas eleições de outubro. Garotinho fez mistério e na ocasião disse que só revelaria a opção vitoriosa em seu blog. Ainda no encontro, também revelou futuras parcerias do partido com outros.

Garotinho discursa para os membros do PR
Garotinho fez um discurso de aproximadamente uma hora e, antes de abrir a votação falou sobre o cenário político atual para a disputa do Palácio da Guanabara. Ele ressaltou as pesquisas que indicam seu nome como líder absoluto desde outubro. “Temos tudo para ganhar, mas precisamos do esforço de cada um. Temos que fazer política em todas as regiões, não se pode relaxar”.  O deputado ainda revelou que o partido pode fazer uma parceria com o PDT. “Me reuni com o presidente do PDT, Carlos Luppi, onde ele me pediu apoio ao candidato deles ao governo do Rio Grande do Sul, o deputado Vieira da Cunha, mas disse que só daria caso o partido me apoiasse aqui no Rio”, explicando que no dia 17 de maio, Luppi e ele vão conversar novamente. Além disso, argumentou que o Pros deve o apoiar no Rio e que já fechou com o PT do B.

Militantes tiram fotos com o pré-candidato ao governo do RJ
Os deputados Paulo Feijó e Clarissa Garotinho também falaram e ambos fizeram discursos similares, ressaltando as ótimas chances de Garotinho vencer as eleições em outubro. “Estamos bastante confiantes e vou mais além, temos que vencer de goleada. A oposição está desesperada, pois os argumentos contra nós estão acabando”, disse Clarissa. Após recolherem as cédulas de votação, Garotinho não quis revelar qual opção foi vencedora e falou que está será feita no blog.


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Pré-candidato ao governo do Rio defende desmilitarização

O senador Lindbergh Farias, do PT, está cada dia mais focado a sua candidatura ao governo do Rio de Janeiro. O seu partido vem realizando seminários desde abril deste ano com a presença de lideranças, militantes e simpatizantes visando construir um programa de governo para a disputa da eleição em outubro deste ano. Na noite de quarta-feira, 7 de maio, o tema foi a segurança pública.

Na mesa central, sentaram-se Lindbergh, Luiz Eduardo Soares (professor da UERJ), Eliana Silva (Redes da Maré), Ignacio Cano (professor da UERJ) e Guaracy Mingardi (Fórum Brasileiro de Segurança Pública). Eliana falou da situação da Maré e como está sendo a ocupação, segundo ela há uma sensação de segurança maior e revelou que a maioria dos traficantes teriam deixado a região, no entanto acredita que é necessário uma medida social para que não sejam formados “outros criminosos”.

Guaracy falou sobre como a PM se instaurou como “polícia de rua” no país, citando o início do período da ditadura militar como preponderante para isso, ele defendeu a desmilitarização. Ignacio fez críticas ao atual governo e disse que “a atual política pública instaurada pelo governo dá ênfase a zona sul, centro e algumas regiões escolhidas a dedo devido aos eventos mundiais que irão ocorrer no Rio”. Ele ainda acrescentou que é necessário se criar uma divisão de homicídios na baixada fluminense.

Já Luiz, que já foi secretário nacional de segurança pública, deu uma verdadeira aula de como funciona a criminalidade na sociedade brasileira, com ênfase na fluminense e, ainda citou quais são os três pontos que devem ter atenção imediata dos governantes. São estes: a legalização das drogas, a formação dos policiais e os armamentos. “Há a necessidade se ter uma obsessão pelo controle das armas. E com elas que ocorrem os confrontos”, disse.

Pré-candidato sugere medidas para acabar com a violência

Lindbergh falou que por vezes foi aconselhado a não apresentar a PEC 51, que trata da desmilitarização, mas que se negou, pois acredita que essa seja uma das soluções para a diminuição da violência. Ele disse que caso seja eleito governador, pretende fazer uma reforma de peso na segurança pública do Rio e que se possa estender ao país. “O governador deste Estado tem peso para instaurar uma reforma nacional. Ainda não sei o caminho, mas estou aqui pra discutir e até julho – quando o plano de governo estará consolidado – vamos saber”, disse com bastante convicção.

O senador também concordou com Eliana e disse que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) tem que apresentar um lado social. Argumentou que a PM necessita de um tempo de curso superior ao atual, que é de seis meses, além de citar que se faz necessário uma descentralização da polícia na Zona Sul do Rio. “Hoje no Leblon há um policial para cada 150 moradores, na Baixada essa proporção é de um para cada 1.500. Isso está errado, tem que ser mudado”, concluiu.


Professores do Rio decidem cruzar os braços

Em assembleia, professores lotam Club Municipal na Tijuca
Os professores das redes municipal e estadual do Rio de Janeiro decidiram entrar em greve. A disposição aconteceu nesta quarta-feira (7) após a categoria se reunir em uma assembleia unificada no Club Municipal da Tijuca. Apesar de optarem por cruzar os braços, ainda durante a reunião restava uma dúvida, paralisar por 72 horas ou por tempo indeterminado. Mas, em seu site, o Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) confirmou que a greve não tem data para terminar.

A paralisação começa na próxima segunda-feira (12). Mais de mil pessoas, conforme o sindicato da categoria, compareceram a assembleia. A opção pela greve foi votada por comissões de escolas de todo o Estado e também da capital. Antes da divulgação do resultado, os professores falaram do descontentamento da categoria com a remuneração, estrutura de trabalho e a falta de apoio do governo aos funcionários administrativos.

De acordo com Marta Moraes, do Sepe, revelou que um dos pedidos ao secretário de educação do estado foi direcionados aos funcionários administrativos, como os cozinheiros, não entanto, segundo ela, o “governo não entende que estes funcionários são educadores, por isso a negociação com estes não passa pelos representantes dos professores”.

Paralisação de mais de dois meses


Há noves meses os professores terminavam uma greve que durou 72 dias. Na ocasião, a categoria foi chamada pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, juntamente com representantes do governo estadual e municipal, onde entraram em acordo, No entanto, este não estaria sendo cumprido, segundo o Sepe. As secretarias municipal e estadual negam a versão do sindicato.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Tarcísio Motta é o candidato do PSOL para o governo do Rio

Tarcísio Mota em discurso. Foto: Reprodução Facebook
O professor e militante do PSOL, Tarcísio Motta, é o nome do partido para concorrer ao governo do Rio de Janeiro nas eleições de outubro deste ano. Por ter forte ligação com os profissionais de educação, que tanto criticam o atual governo, e presença nos movimentos sociais, principalmente as manifestações que ocorrem desde junho de 2013.

Tarcísio tem 38 anos, é natural de Petrópolis, região Serrana do Rio, cursou História na UFF, onde também fez mestrado (2002) e doutorado (2009). Atualmente é professor do Colégio Pedro II. Ele se define como militante da educação, socialista e libertário. O PSOL informou que Tarcísio está ao lado dos trabalhadores e de todos os setores oprimidos da sociedade, além de ser contra a retirada sistemática de direitos, constantemente presenciado no Estado, com isso pode representar perfeitamente a luta do partido.


O deputado estadual, também do PSOL, Marcelo Freixo, publicou em seu Facebook elogios a Tarcísio e fez questão de deixar claro a confiança que tem nele. "Conheço o Tarcísio Motta há muito tempo, desde que éramos alunos da UFF. Tenho grande carinho por ele e acho que sua pré candidatura ao governo estadual cumpre um papel importantíssimo na atual política do Estado do Rio”, disse.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Menino de 8 anos é baleado em tiroteio entre PM e criminosos na Zona Norte do Rio

Os protestos de moradores das comunidades do Rio de Janeiro contra os policiais das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) parece não ter fim. Não só pela insatisfação de parte destas pessoas, mas por desastres que vem alimentando estes protestos. O último, ocorrido no Morro dos Macacos em Vila Izabel, Zona Norte, aconteceu após um garoto de 8 anos ser baleado. A população acusa os militares de serem responsáveis pela bala que atingiu a cabeça da criança.

Vitor Gomes Bento está internado no Hospital dos Servidores em estado de saúde grave, conforme disse a sua mãe a reportagem do portal G1. Ele foi transferido para lá na tarde desta terça-feira (6) vindo do Hospital do Andaraí, pra onde foi encaminhado após levar um tiro enquanto voltava da escola na tarde de segunda-feira (5). A polícia ainda não revelou de qual arma partiu a bala que acertou o garoto, que foi atingido no momento em que policiais militares e criminosos se enfrentavam, conforme versão da PM.


Revoltados com o ocorrido e convictos que os policiais da UPP eram os culpados, moradores da região iniciaram um protesto com queima de pneus e lixo, bloqueando as ruas da comunidade. O túnel Noel Rosa que corta o Morro dos Macacos foi fechado nos dois sentidos. Para dispersar a população, a polícia jogou spray de pimenta e gás lacrimogêneo, atingido até crianças, deixando os moradores ainda mais indignados. Até o momento, os criminosos não foram presos pela polícia.


Vídeo feito pelo Jornal a Nova Democracia mostra o protesto dos moradores. Ele foi produzido por Patrick Granja e André Miguéis da Mídia Independente Coletiva - MIC. (Clique aqui para assistir). 

sábado, 3 de maio de 2014

Rodoviários protestam contra acordo entre sindicato e empresários no Rio

Se o trânsito do Rio de Janeiro já está caótico por causa das obras e excesso de carros particulares, isso pode se agravar mais ainda nas próximas semanas. Isso porque os rodoviários decidiram, em assembleia realizada nesta sexta-feira (2), entrar em estado de greve.


Cerca de 500 motoristas e cobradores estiveram reunidos na Praça da Candelária e em seguida foram em passeata até a câmara dos vereadores, onde votaram por aguardarem mais adesões ao movimento, que tem como objetivo questionar o acordo feito entre o Sindicato de Motoristas e Cobradores de Ônibus (Sintraturb) e a empresa Rio Onibus, que acertaram um reajuste salarial de 10% sobre o salário dos rodoviários e 40% na cesta básica dos aproximadamente 40 mil rodoviários da capital fluminense.

“O sindicato fez o acordo sem convocar os trabalhadores para uma assembleia. Fizeram algo que vai influenciar na vida de todos sem nos consultar. Dessa forma eles não nos representam, por isso formamos essa comissão para reivindicar os nossos direitos. Queremos a reabertura do acordo coletivo”, disse Hélio Teodoro, líder do movimento. Ele explicou que o desejo dele e dos colegas é um salário base de R$ 2.500 para motorista, ticket alimentação no valor de R$ 400, plano de saúde, entre outras melhorias. Uma nova assembleia foi marcada para ocorrer na quarta-feira (7) com o intuito de fazer com que mais rodoviários possam aderir ao movimento. Nesta data, a expectativa é que os envolvidos anunciem que vão cruzar os braços.

Greve dos garis


E assim como ocorreu na paralisação dos garis, este é mais um movimento onde os trabalhadores não aceitaram o acordo de seu representante, no caso o sindicato, frente aos empregadores. A partir de então, os mesmos formaram uma comissão e romperam com o acordado. No caso dos garis a medida deu resultado e eles conseguiram chegar a um acordo com a prefeitura, vamos ver se os rodoviários vão ter o mesmo desfecho. Aliás, a greve dos garis ocorreu durante o carnaval, deixando a cidade um verdadeiro caos, agora estamos às vésperas da Copa do Mundo, uma greve dos rodoviários também deixaria o Rio com problemas.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

TSE livra Garotinho e TRE-RJ aumenta multa

Em seu blog, Garotinho publicou artigos sobre o assunto
O deputado federal e pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR-RJ), está comemorando a decisão do Superior Tribunal Eleitoral (TSE) de suspender a punição a ele imposta pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) fluminense, na qual o parlamentar foi condenado juntamente com a sua esposa e prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, por abuso do poder econômico e uso indevido de meio de comunicação. Mas, Anthony já terá que se preocupar com o valor de outra punição do TRE que foi elevada na segunda-feira (28), a qual ele foi acusado de fazer propaganda antecipada.

Conforme a decisão do TER-RJ, no dia 17 de março o parlamentar foi multado em R$ 7 mil por uma entrevista publicada em seu blog. Este valor foi elevado a R$ 15 mil na decisão de anteontem. Na semana passada, Garotinho já havia levado outra multa por inserções da propaganda do PR veiculadas no rádio e na TV, cujo valor foi de R$ 682 mil.

No processo em que o TSE isentou Garotinho, ele e a sua mulher teriam beneficiado Rosinha com "práticas panfletárias" nas eleições de 2008. De acordo com os autores da acusação - a Coligação Coração de Campos e o então adversário de Rosinha na disputa, o pedetista Arnaldo Vianna -, a ex-governadora teria tido tratamento privilegiado nos veículos de comunicação do grupo, inclusive no programa do ex-governador, "Fala, Garotinho", na rádio.

Parlamentar diz ser perseguido


A decisão do TSE ocorreu por meio do ministro Dias Toffoli, que acatou o pedido de defesa de Garotinho, que se justificou dizendo que na época da entrevista – ocorrida no dia 14 de junho de 2008, período pré-eleitoral – não teve gravidade ou potencialidade para desequilibrar as eleições daquele ano e nem justifica a gravíssima sanção aplicada pelo TRE fluminense. Garotinho enalteceu a decisão dizendo que “sempre disse que era vítima de covardias e, agora, a verdade se impõe soberana sobre as mentiras e perseguições de meus adversários contra mim. A vitória da verdade é nossa, é de cada um de vocês que acreditam no meu trabalho e é de todos nós que cremos na justiça”.