terça-feira, 31 de março de 2015

Veja quem pode virar prefeito do Rio em 2016

Faltando um ano e meio para serem escolhidos os próximos prefeitos das cidades brasileiras, nomes de possíveis candidatos a prefeitura do Rio de Janeiro já são especulados. Entre estes, estão os deputados federais Pedro Paulo Teixeira (PMDB) e Clarissa Garotinho (PR), o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) e o senador Romário (PSB). Leia abaixo um pouco da história de cada um e fique de olho no que cada um possa fazer até chegar as eleições de 2016 e com isso conseguir votar com mais consciência.



Pedro Paulo é o preferido de Eduardo Paes para ser seu substituto. O atual prefeito já deu diversas declarações de apoio a Pedro, que é seu braço direito na política há anos. O deputado, que se licenciou do cargo para assumir a Secretaria Executiva de Coordenação do Governo, está na política desde a década de 90. Antes de ser reeleito deputado federal em 2014, com pouco mais de 160 mil votos, o parlamentar foi subprefeito da Barra em Jacarepaguá (2001), secretário de meio Ambiente do Rio em 2002 e deputado estadual em 2010.



Clarissa Garotinho, filha do ex-governador Anthony Garotinho, foi vice-candidata a prefeitura em 2012 juntamente com Rodrigo Maia. Ela costuma afirmar em algumas entrevistas que ser prefeita do Rio é um sonho. Mulher mais votada entre as deputadas federais que assumiram o parlamento em 2015, Clarissa ingressou na política por influência de seu pai e sua mãe, Rosinha Garotinho (PR), que é ex-governadora do Rio e é atual prefeita de Campos dos Goytacazes. Seu primeiro cargo político foi como vereadora do Rio em 2004. Em 2010 se tornou deputada estadual, sendo a mulher mais votada do Estado.



Marcelo Freixo é professor de história e deputado estadual desde 2004. Na Alerj, fez um duro combate as milícias, a qual ele foi presidente da CPI. Foi com ela que ganhou projeção nacional e até hoje é considerado por muitos o seu trabalho de destaque. Várias pessoas envolvidas nas milícias foram parar atrás das grades, entre essas até deputados. Antes de ser deputado, Freixo trabalhou em causas ligadas aos Direitos Humanos, onde presidiu o Conselho da Comunidade da Comarca do Rio de Janeiro, sendo fiscalizador dos direitos humanos nas carceragens e presídios do Estado. Em 2012 foi candidato a prefeito do Rio, ficando em segundo lugar com 30% dos votos válidos.




Romário de Souza Faria ou apenas Romário, foi um dos jogadores mais espetaculares do futebol nacional e internacional. Foi tetracampeão do mundo com a Seleção Brasileira e fez mais de mil gols durante a sua carreira, conforme suas contas. O “Baixinho” entrou para a política em 2010 como deputado federal. Quem imaginou que ele seria mais um parlamentar a ocupar sua cadeira por conta do que fez no esporte, se enganou. Romário foi um dos deputados mais atuantes do Congresso, o que acabou refletindo na sua eleição para senador. Sua área de mais atuação como político são as causas ligadas as pessoas com necessidades especiais.

terça-feira, 24 de março de 2015

500 dias para Olimpíada do Rio têm protestos e promessa do prefeito

Estamos a exatos 500 dias da abertura da Olimpíada 2016 no Rio de Janeiro. Em meio a denúncias do Ministério Público e “gritos” de ativistas, o prefeito Eduardo Paes disse na segunda-feira (23) no programa Seleção Sportv, que todas as obras do evento vão estar concluídas dentro do prazo e que não há nenhuma construção degradando o meio ambiente.

Paes respondeu ao apresentador Marcelo Barreto diversas perguntas sobre a Olimpíada, sendo a maioria sobre mobilidade urbana e legado. O prefeito disse que o governo municipal fez obras além das previstas no caderno de encargos apresentados na candidatura da cidade. Ele citou a Trans Carioca, o Porto Maravilha, o VLT e outras.
Sobre a Baía da Guanabara, Paes explicou que a despoluição é um papel do governo estadual, e não municipal, mas que como carioca lamentava a situação. No entanto, segundo o prefeito, a poluição da Baía não vai atrapalhar os esportes que lá serão realizados. “Acho  uma pena, como carioca, que o ativo principal da nossa cidade, que são as belezas naturais e a possibilidade que a gente tinha de ter um ativo como a Baía recuperado, não está totalmente saneado até lá. É uma oportunidade perdida de de transformar para melhor usando a desculpa da Olimpíada”.

Campo de Golfe

Há quase quatro meses um grupo de pessoas ocupa uma área na avenida das Américas em frente de onde ficará o campo do golfe olímpico. Eles protestam contra a construção do campo. Os ativistas informam que para obter a licença de construção, biólogos da prefeitura teriam constatado que 30% da área estaria degradada e 70% em bom estado de conservação. Portanto, baseando em uma lei federal, essa área deveria ser reconstituída. Duas ações do Ministério Público do Estado questionam a utilização do espaço e uma delas pede a paralisação imediata das obras.


Questionado sobre a construção do campo, Paes argumentou que o local “era usado como depósito de areia para construção, e que está recuperando a área que estava completamente degradada”. Declaração que os membros do grupo “Ocupa Golfe” não concorda. Na próxima quarta-feira (25), o prefeito irá fazer uma visita ao campo, os ativistas estão convocando a população para realizar um ato que mostre ao prefeito o descontentamento com a construção.

sábado, 21 de março de 2015

Fim da greve dos garis no Rio

Líder, Célio Gari fala aos seus colegas de trabalho no Centro
Na noite de sexta-feira (21) foi encerrada a greve dos garis do Rio de Janeiro. A categoria resolveu aceitar o reajuste de 8% sobre o salário e manter o atual valor do vale-refeição. Durante a semana em que permaneceram com os braços cruzados, os grevistas denunciaram abusos físicos contra eles por parte da guarda municipal e a contratação de funcionários terceirizados sem preparo para a substituição deles.


Inicialmente, os garis reivindicavam pouco mais de 40% de aumento no salário e R$ 7 no vale-refeição. Após alguns dias de manifestações pelas ruas do Rio e também de reuniões com a prefeitura, a categoria acabou aceitando o reajuste oferecido pela Comlurb. Até o acordo, várias ruas da cidade, principalmente das zonas Norte e Oeste, ficaram repletas de lixo. Além disso, funcionários terceirizados foram contratados para trabalharem nos caminhões de coleta. Os garis denunciaram várias irregularidades, mas acabou ficando por isso mesmo. Também ocorreram confrontos entre grevistas e guardas municipais, que escoltavam os garis que optaram por trabalhar. Apesar destes impasses, nada de mais grave ocorreu e a greve foi encerrada.

No ano passado a categoria paralisou as atividades na época do carnaval e pegou a prefeitura de surpresa, que acabou concedendo um reajuste de 40% sobre o salário dos trabalhadores. Relembrando isso, mais a greve deste ano, os garis deixaram um recado para a prefeitura em um texto publicado na página do Facebook "Garis do Rio de Janeiro em Luta". "2016 é logo ali. Se não atender o garis, não vai ter Olimpíada", publicaram ao fim do texto.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Garis permanecem em greve no Rio

No dia 18 os garis fizeram uma passeata em Copacabana
Muita sujeira. É assim que está boa parte das ruas do Rio de Janeiro após uma semana de greve dos garis. Ainda não há sinalização que a paralisação vai terminar, mesmo depois de a categoria reduzir a porcentagem do valor pedido para reajustar o salário. Enquanto isso, um grupo de trabalhadores terceirizados faz o trabalho dos garis, mesmo não tendo o preparo necessário para exercer a função.

Inicialmente os garis reivindicavam um reajuste de 40% sobre o salário, mas agora pedem 15%. Apesar da redução, o acordo ainda não foi sacramentado porque a prefeitura oferece 8%. Caso as partes não entrem em acordo nesta sexta-feira (20), a Justiça irá julgar a legitimidade na próxima segunda-feira (23).


Desde o início da greve os garis estão realizando várias passeatas e assembleias para que a prefeitura atenda as suas reivindicações, mas nada foi acordado. Confrontos entre os profissionais em greve e os que desejam  trabalhar já foram registrados, assim como denúncias de pessoas com idade inferior a 18 anos trabalhando como terceirizados, além de não usarem equipamentos de segurança.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Ocupa Marina e Golfe pressionam prefeitura do Rio para embargos de obras

Integrantes do Ocupa Marina pedem embargo das obras
A construção de estruturas para a prática de esportes durante a Olimpíada do Rio de Janeiro estaria causando danos graves à biodiversidade em áreas - algumas até de preservação ambiental - da cidade. Para protestar contra essas construções ou até para impedi-las, moradores criaram grupos para ocupar essas regiões e pressionar a prefeitura para respeitar tais espaços. Dois desses são a Ocupação Marina da Glória e Ocupação Golfe.

Cerca de 20 pessoas estão acampadas na Marina da Glória desde 31 de janeiro pedindo que as obras para a Olimpíada sejam embargadas. Isso porque essas causariam a derrubada de 298 várias árvores, conforme o projeto de modernização do local que já foi liberado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, embora tenha uma clausula de replantio. No local deve ser construído um minishopping, além da ampliação de um centro de convenções.


O ativistas do Ocupa Golfe estão acampados na avenida das Américas, na Barra da Tijuca, bem ao lado de onde está sendo construído o campo de golfe. Eles denunciam a destruição do terreno, que seria equivalente ao bairro do Leblon de Mata Atlântica, para a construção do campo olímpico. Ao lado serão erguidos 23 prédios de 22 andares em uma área que também destruiria a biodiversidade da região. Na próxima sexta-feira (20) o grupo completa três meses de acampamento, sendo que no domingo (22) será realizado um biclicletaço como forma de protesto.

O Ministério Público já recomendou o embargo imediato das obras alegando devastação ambiental por conta de diversas espécies em extinção que habitam o terreno, no entanto a Justiça ainda não acatou a recomendação. O vereador Renato Cinco (PSOL) tenta instalar uma CPI para investigar a construção do campo, bem como as dos prédios.

terça-feira, 17 de março de 2015

Manifestações levam milhares de pessoas as ruas no Rio

Orla de Copacabana no domingo. Reprodução: TV Globo
Desde junho de 2013 que não se via tanta gente protestando nas ruas como foi no último final de semana. Se naquela ocasião o grito foi uniforme por melhoria de serviços básicos de sobrevivência em sociedade, como educação, saúde e transporte, desta vez ele teve duas vozes. Na sexta-feira (13), movimentos sociais e alguns partidos políticos, liderados pelo PT, realizaram um ato em defesa da Petrobrás e de apoio a gestão da presidente Dilma Rousseff. Já no domingo (15), os manifestantes pediam o fim da corrupção e protestavam contra a maneira de governar da presidente. Os protestos não ocorreram somente no Rio de Janeiro, pelo menos mais 20 capitais também tiveram atos simultaneamente na sexta e domingo.

Praça da Cinelândia na sexta-feira. Reprodução: G1
Os números de participantes que estiveram nos dois movimentos são divergentes, mas não há como negar que o ocorrido no domingo foi muito superior no número de adeptos, além de ter causado uma repercussão muito maior, tanto para quem o apoiou, quanto para quem foi contra. A pressão foi forte, tanto que a presidente Dilma se pronunciou na segunda-feira (17) dizendo que todo ato é legítimo e que isso foi conquistado durante a queda da ditadura militar, dando uma cutucada em alguns manifestantes que levaram cartazes pedindo a intervenção militar no governo, algo que é inconstitucional, tratando-se de crime. Além disso, ela se mostrou aberta a conversas que possam ajudar a controlar a crise econômica pelo qual o país passa.


Nas redes sociais o debate continua com fervor, talvez até mais do que nas ruas. No governo as pautas giram em torno de medidas que a presidente possa adotar para tentar diminuir a corrupção, assim como o debate da possível reforma política, além, é claro, da CPI da Petrobrás. 

Garis permanecem em greve no Rio e marcham até prefeitura

Em greve há cinco dias, os garis do Rio de Janeiro realizam uma manifestação na manhã desta terça-feira (17) no Centro da cidade. Eles se concentram na Candelária e depois vão caminhar até a prefeitura. Com a chuva que atingiu o Rio na noite de segunda-feira (16), o lixo não recolhido se espalhou ainda mais pelas ruas e o cheiro também ficou mais forte.

Ainda sem sinal de acordo, os garis pedem 40% de ajuste sobre o salário e R$ 7 no vale refeição. A Comlurb oferece 3% de aumento nos vencimentos da categoria e nada no vale. Ontem, haveria mais uma rodada de negociações, mas o representante da Comlurb acabou não aparecendo na reunião.


Os garis sinalizam que não pretendem voltar ao trabalho tão cedo, enquanto isso a prefeitura contratou uma empresa terceirizada para substituir os funcionários em greve. O sindicato dos garis denuncia que alguns destes substitutos poderiam ser menores de idade e não estariam usando equipamentos de proteção adequados. 

quarta-feira, 11 de março de 2015

MST manifestam na Washington Luiz no Rio

Integrantes do MST (Movimento dos Sem Terra) bloquearam a rodovia Washington Luiz no Rio de Janeiro no início da manhã desta quarta-feira (11). Com faixas pedindo Reforma Agrária, o grupo fechou a via na altura de Duque de Caixas, na Baixada Fluminense, no sentido capital, e causou congestionamento.


O protesto a favor da Reforma Agrária é feito em várias capitais do Brasil simultaneamente. Por meio de uma nota no site do movimento, a categoria informa que “exige à desapropriação de algumas áreas do Rio”. Ainda conforme a nota, muitas dessas áreas já foram declaradas improdutivas, e algumas famílias estariam aguardam acampadas há 10 anos no acampamento Madre Cristina, em Campos, no Norte Fluminense.

Os manifestantes permanecem as margens da rodovia e até o momento, de acordo com informações da PRF (Polícia Rodoviária Federal), o ato ocorre de maneira pacifica, isto é, sem qualquer registro de tumulto.

terça-feira, 10 de março de 2015

Trabalhadores da Comperj travam entradas do TRT-RJ para acordo de salários atrasados

Funcionários da Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) ocuparam a sede do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) por aproximadamente cinco horas na segunda-feira (9) com o propósito de reivindicar o pagamento de salários atrasados entre outras pendências da empresa com os trabalhadores. Os manifestantes deixaram o local com a promessa de que irão receber os rendimentos pendentes e o pagamento das verbas rescisórias.

Durante a tarde uma comissão de trabalhadores, representantes da Petrobras, da empresa Alumini e o ministro do Trabalho, Manoel Dias, se reuniram para chegarem a um acordo, algo que não ocorreu. Com isso, os manifestantes que estavam no TRT resolveram bloquear as saídas do prédio, impedindo que funcionários e outras pessoas que lá estavam fossem embora. Agentes da Polícia Federal precisaram intervir e chegar a um acordo com os manifestantes para que as portas fossem liberadas.


Os funcionários da Comperj estão com os salários e benefícios atrasados desde novembro do ano passado, outras 500 pessoas que foram demitidas ainda não receberam o acerto rescisório. As partes vão se reunir novamente para acertar a data dos pagamentos.