Marina caminha com Romário na Rocinha e fala sobre causa LGBT

Jornalistas e admiradores dificultam caminhada de Marina

A candidata a presidência Marina Silva (PSB) andou pelas ruas da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, ao lado do candidato ao senado pelo seu partido, Romário, na tarde de sábado (30). Foi o primeiro corpo a corpo dela realizado no Estado, exatamente na mesma semana em que sua concorrente Dilma Roussef (PT) também veio ao estado para a sua primeira agenda eleitoral próxima aos eleitores.

Marina e Romário não puderam conversar e tampouco apresentar seus programas de governo aos eleitores, já que foram cercados por diversos militantes e pessoas da imprensa, quase que impossibilitando que eles chegassem aos eleitores. Mesmo assim, ambos caminharam por aproximadamente meia hora pela comunidade. Ao fim, Marina foi questionada sobre alguns pontos polêmicos de sua campanha, entre estes, o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A princípio, a proposta de Marina era legalizar o casamento igualitário e equiparar a discriminação contra homossexuais aos crimes de preconceito de raça ou cor, no entanto, na nota o partido informou que o objetivo é garantir os direitos oriundos de pessoas do mesmo sexo. Sobre isso, Maria argumentou que o partido havia se enganado e que “o texto que foi para a publicação foi o texto tal qual foi apresentado pelas demandas dos movimentos sociais. Todos os movimentos sociais apresentaram as suas demandas. Foram feitas as mediações e se contemplou o tanto quanto possível as propostas, mas independente de qualquer coisa, nosso compromisso é com a defesa do Estado laico, o respeito à liberdade individual e o respeito à liberdade religiosa. O que foi feito foi ter voltado o texto da mediação, porque havia sido cometido um engano".

Aliados

O PSB não possui candidato direito ao governo do Rio, já que o partido se aliou ao PT, lançando Romário como candidato ao senado e apoiando o petista Lindberg Farias ao governo. Atualmente, Romário vem liderando com folgas as últimas pesquisas de intenções de voto, já Lindberg permanece na quarta posição desde o início da campanha. Aliás, Dilma Roussef, que também é petista, veio ao Rio na terça-feira (26), mas escolheu Antony Garotinho (PR) para estar ao seu lado no primeiro corpo a corpo no estado. Eles almoçaram num restaurante popular em Bangu, Zona Oeste. Vale ressaltar, que além de Garotinho e Lindberg, outros dois candidatos ao governo fluminense, Marcelo Crivella (PRB) e o atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), também estão apoiando a reeleição de Dilma.

Lindberg vai ao Alemão e promete ampliar programa sustentável

Lindberg assistiu jovens tocando violino no Alemão

 Mesmo com toda polêmica em torno da ida de candidatos ao governo do Rio de Janeiro a comunidades do Estado, o petista Lindberg Farias foi até o Complexo do Alemão na manhã desta quinta-feira (28). No entanto, o compromisso dele não foi andar pelas comunidades, mas visitar o local onde funciona o programa Fábrica Verde – Iniciativa da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA). De acordo com o candidato, caso seja eleito, vai construir mais 200 unidades do programa.

Quando Lindberg chegou foi recebido pela bateria “Ritmo do Complexo” que estava em frente à Fábrica, localizada na avenida Itaóca na altura do número 2 mil. O candidato a deputado estadual, Carlos Minc (PV) e o candidato a deputado federal, Pedro Ivo (PT), também estavam no local, além de militantes, alunos e professores do projeto. Lindberg seguiu para o interior da fábrica onde conheceu o que é feito no programa. 

Minc iniciou o discurso falando que Ingrid Gerolimich, superintendente de Território e Cidadania da SEA, é a principal responsável pelo projeto dar certo. Citou vários benefícios que o programa trás aos moradores da comunidade e também na questão da sustentabilidade. Pedro Ivo também salientou a importância da fábrica e citou o projeto do Cieps do século XII, dizendo que mais unidades podem ser inseridas nestes.

Antes de Lindberg o iniciar sua fala, dois garotos usaram violinos para tocar o hino nacional e depois um grupo de dança fez uma performance com “pacinhos” de funk. Em seguida, o candidato prometeu a construção de mais 200 fábricas, sendo que algumas podem estar inseridas na parte cultural dos Cieps. 

UPPs

Petista promete que vai implantar mais 200 unidades de programa

A pretensão de Lindberg não é manter as UPPs, mas “consolidá-las, pois atualmente estão sendo atacadas”. Ele emendou dizendo que “não é sustentável financeiramente levar UPPs para todas as regiões do Rio. E que só ocupação não resolve, que é necessário investir em educação e cultura”. Citou a Fábrica Verde como um exemplo de formação para jovens, direcionando eles a um primeiro emprego e evitando que estes entrem no mundo do crime. Argumentou que é necessário aumentar o número de policiais, principalmente na Baixada, região Norte, São Gonçalo e interior.

Quarta posição nas pesquisas

Atualmente, em todas as pesquisas realizadas o nome de Lindberg sempre aparece na quarta posição. Durante sua campanha, ele vinha salientando que em 15 dias após os programas na TV inciarem, sua candidatura iria alavancar. Uma semana depois da estreia, ele argumentou que até o momento foram apenas três programas exibidos na televisão, e que os números ainda não se referem a TV. 

Dilma escolhe Garotinho para abrir sua campanha no Rio

Garotinho faz pausa no almoço para acenar aos jornalistas

O primeiro corpo a corpo da campanha eleitoral da presidenta Dilma Roussef (PT) no Rio de Janeiro foi ao lado do candidato a governador do Estado, Anthony Garotinho (PR). Os dois almoçaram juntos no início da tarde desta quarta-feira (27) no Restaurante Popular de Bangu, na Zona Oeste. Por se tratar de um prédio público, ambos foram orientados a não discursarem nem falarem com a imprensa.

Dilma e Garotinho chegaram ao encontro aproximadamente uma hora e meia depois do horário marcado. Com eles, estavam a mulher de Anthony, a prefeita de Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, Rosinha Garotinho, a filha do casal, que é candidata a deputada federal, Clarissa Garotinho, e o presidente do PR regional e candidato a deputado estadual, Fernando Peregrino. A princípio, as pessoas que estavam almoçando no restaurante não fizeram muito “burburinho” com a chegada da presidenta, vários continuaram almoçando normalmente. No entanto, a medida em que ela se aproximava todos foram largando seus pratos e tentavam cumprimentá-la ou até mesmo tirar uma foto. Garotinho também foi bastante assediado.

Os dois se sentaram lado a lado e demoraram cerca de 15 minutos para terminar de comer. Durante o almoço deu para notar que Garotinho explicou a presidenta como funciona o restaurante popular – um dos principais itens de sua campanha. Dilma conversou com Rosinha e Clarissa, falando que as duas se parecem bastante. Depois todos saíram juntos, sem falar com a imprensa. A presidenta foi até o estádio Moça Bonita, onde embarcou em um helicóptero. Garotinho fez questão de acompanhar Dilma, e lá se despediu dela.

Apoio a Lindberg

Dilma foi ovacionada por militantes na porta do restaurante 

Além de Garotinho, o candidato a reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e os senadores Marcelo Crivella (PRB) e Lindberg Farias (PT), também vão apoiar a presidenta durante suas campanhas para governador. No entanto, era esperado que Dilma se esforçasse mais para estar ao lado de Lindberg, que é do seu partido, mas até o momento não foi confirmado quando os petistas vão estar juntos em eventos de campanha.

Garotinho amplia vantagem nas intenções de voto no Rio

Garotinho em visita a Rocinha no Rio

Anthony Garotinho (PR) continua liderando as intenções de voto para governador do Rio de Janeiro, conforme revelou uma pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada nesta terça-feira (26). O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) assumiu a segunda colocação e passou o senador Marcelo Crivella (PRB). Lindberg Farias (PT) permanece em quarto.

Garotinho lidera todas as pesquisas de intenções de voto desde que elas começaram a serem feitas. O republicano subiu 7% em relação à última pesquisa do Ibope, passando de 21% para 28%. O segundo colocado, o atual governador Pezão, saiu de 15% para 18%. Lindberg, mesmo que de forma modesta, subiu 1%, chegando a 12% e mantendo o quarto lugar. Já Crivella perdeu a segunda posição e foi o único dos quatro a manter os pontos, com 16%, e também só ele perdeu a colocação, indo para terceiro.

A pesquisa revelou ainda que Garotinho venceria todos os concorrentes em um possível segundo turno. De acordo com o Ibope, Anthony teria 34% das intenções de voto, e Crivella, 33%. Já numa eventual disputa entre Garotinho e Pezão, o primeiro venceria com 38% das intenções de voto, e o segundo ficaria com 31%. Já Garotinho e Lindberg, o republicano venceria novamente, mas 37%, contra 29% do petista.

Lindberg vai conquistando apoio nas ruas

Petista tira fotos com funcionárias de farmácia

Ao que parece a confiança do candidato ao governo do Rio de Janeiro, Lindberg Farias (PT), em crescer nas pesquisas após o início do horário eleitoral gratuito na TV, pode acabar se concretizando. É nítido que o petista vem recebendo mais apoio das pessoas durante o corpo a corpo realizado nas ruas depois de seus programas serem exibidos na televisão, embora estejamos apenas no início da campanha na "telinha".

Lindberg caminhou na manhã desta terça-feira (26) pelo Méier e a tarde em Madureira. Neste último, iniciou o corpo a corpo em frente a estação de trem, passou pelo calçadão e terminou em frente a quadra da Império Serrano. Parece que o petista está conseguindo cativar a população. Se no início de sua campanha era possível notar que algumas pessoas não o conheciam, agora parece ser bem diferente. Vale lembrar que essa situação é afirmada por Lindberg o tempo todo. 

O petista recebeu muito carinho da população de Madureira. Aliás, ele estava acompanhada da deputada federal e candidata a reeleição, Benedita da Silva (PT), que fez o mesmo trajeto do companheiro. Lindberg não fez um discurso a população, como de praxe. No entanto, tentou falar dos seus programas de governo a todas as pessoas em que conversou,

Candidatos ao governo do Rio debatem e adotam estratégias diferentes

O primeiro o debate entre os candidatos ao governo do Rio de Janeiro foi marcado por estratégias bem distintas entre os cinco que estiveram nos estúdios da Band na noite de terça-feira (19) e início de madrugada de quarta-feira (20). A declaração mais polêmica foi dada por Marcelo Crivella (PRB), que dsse ser contra a legalização da maconha e que a liberação na Holanda contribuiu para a queda de aviões no mundo, inclusive no Brasil.

 Anthony Garotinho

Logo no início do debate, Anthony Garotinho (PR) atacou o atual governador e candidato a reeleição Luiz Fernando Pezão (PMDB), o questionando sobre processos que o peemedebista estaria respondendo. No entanto, Pezão retrucou argumentando que “em matéria de processos Garotinho é campeão”. Aliás, Anthony adotou a linha de ataque aos concorrentes e também de recordar o que fez quando foi governador (1998-2002), ressaltando que vai recuperar programas criados durante sua gestão e modernizá-los.

Luiz Fernando Pezão

Já Pezão optou por ficar na defensiva frente aos concorrentes, e fez questão de mostrar o que fez nos últimos sete anos durante a sua gestão com Sérgio Cabral. Disse que vai continuar os programas destaque de seu governo, como as UPPs, e que irá ampliá-las a Baixada Fluminense e também a região de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. Questionado sobre a falta de água nos municípios da Baixada, prometeu resolver o problema nos próximos quatro anos, embora não tenha o feito nos últimos sete.

Lindberg Farias

Com foco no seu programa de governo, Lindberg Farias (PT) deixou até de responder algumas perguntas com a intenção de falar mais sobre o que pretende fazer caso seja eleito governador. Deixou claro que educação e segurança pública serão os carros-chefe da sua possível gestão. Ao ser atacado por Garotinho sobre problemas de infraestrutura no Hospital da Posse em Nova Iguaçu, onde foi prefeito, Lindberg argumentou que o governo atual destina apenas 7% de sua verba para a saúde, sendo que aquela unidade de saúde não recebe nenhum centavo.

Marcelo Crivella

Adotando uma linha amena, sem ataques aos seus concorrentes e falando serenamente sobre seu programa de governo, Crivella pretende focar sua possível gestão na mobilidade urbana, diminuindo o número de ônibus e ampliando o metrô. No entanto, sua participação ficou marcada pela opinião sobre a legalização da maconha. De acordo com o candidato, “a Holanda teve empresas que foram fechadas porque seus funcionários estavam usando drogas. Como a Fokker, por exemplo, e os aviões começaram a ter problemas, inclusive no Brasil”.

Tarcísio Motta

O professor Tarcísio Motta (Psol) disse acreditar que todos os seus concorrentes que lá estavam são “iguais”, que optar por um deles é continuar com as políticas adotadas há tempos, sem qualquer avanço de verdade. O candidato afirmou que é a favor da legalização da maconha, e deu a entender que em seu governo não irá fazer diversas obras nas áreas da saúde e educação, mas valorizar o servidor público e também recuperar a estrutura das instituições de ensino e saúde.

Lindberg pede apoio de jovens no Rio

Lindberg discursa para os jovens no Rio

Desde que iniciou sua pré-campanha ao governo do Rio de Janeiro, Lindberg Farias (PT)  dificilmente deixou de citar a juventude como uma importante parceira para a construção de projetos para o Estado. Para reafirmar ainda mais essa união, o candidato se reuniu nesta segunda-feira com militantes da juventude dos partidos aliados e com simpatizantes a sua causa. Lindberg falou de passe livre, educação, desemprego e violência.

Acompanhado de alguns candidatos a deputado, Lindberg falou para cerca de 100 pessoas no Teatro Odisséia, na Lapa. Antes de apresentar seu plano de governo, o petista – bastante emocionado – falou da sua amizade com Eduardo Campos (morto em um desastre aéreo na semana passada) e família, pediu palmas para ele e ressaltou que sem a intervenção de Campos a união estadual com o PSB talvez não tivesse ocorrido. “Eduardo teve um papel decisivo no momento mais difícil da coligação, ele nos estendeu a mão. Em conversas comigo deixava claro que o Rio vivia uma crise política e que deveríamos trazer um novo caminho”, falou.

Sobre seu programa de governo, principalmente nas causas direcionadas aos jovens, Lindberg prometeu criar o passe livre intermunicipal. “Vários estudantes moram em determinadas cidades, mas estudam em outras. Se estes gastam R$ 15 ao dia, no final do mês pesa na renda do trabalhador”. Depois falou que pretende seguir o exemplo de Leonel Brizolla e investir forte na educação. “Vamos construir os Cieps, mas com modelo do século XXI. Com tecnologia avançada e aula em tempo integral. Teremos também cursos profissionalizantes que possam direcionar os jovens ao primeiro emprego”, prometeu. Depois ele argumentou que vai investir em segurança na Baixada Fluminense, principalmente no efetivo policial. “Essa UPP enquanto for só policial não vai adiantar. Só vamos levar paz as comunidades com cultura e educação. Eu serei o governador que vai derrubar este muro que existe entre o Rio do Cartão Postal e o Rio onde moram os trabalhadores”.

Jovens declaram apoio a Lindberg

Édson diz que confia em governo do PT no Rio

Édson, que é estudante de Segurança Pública da UERJ, disse que mora em Realengo, na Zona Norte, onde fez um curso pré-vestibular e conseguiu uma bolsa integral para cursar Literatura na Puc Rio, localizada na Zona Sul, mas que foi obrigado a abandonar a universidade por causa do transporte. “Infelizmente passei por dificuldades para chegar até a Puc. Gastava cerca de R$ 15 ao dia para ir a aula, o que na época pesava muito”, explicou. O jovem falou que confia em Lindberg para resolver estes problemas, e que vai votar nele e incentivar amigos e conhecidos a fazerem o mesmo.

Líder da Juventude

Daniel Iliesco é presidente da União Jovem Socialista do Rio. Candidato a deputado estadual pelo PCdoB, ele convocou os jovens a abraçar Lindberg. “A juventude precisa ser provocada. As eleições não são um conto de fadas, reflete a dura realidade do nosso país. Lula mudou o Brasil, investiu em educação de qualidade. Lindberg vai fazer o mesmo. Dediquem os próximos 49 dias para ganharmos esta eleição e assim mudar o Rio de Janeiro”, concluiu.

Em Niterói, Crivella promete amenizar violência e construir metrô

 A construção da linha 3 do metrô e investimento na segurança pública da região foram promessas feitas pelo candidato a governador do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), durante visita a Niterói na sexta-feira (17). Na ocasião ele distribuiu CDs de prestação de contas do seu mandato e pediu votos a várias pessoas que passaram em frente ao desembarque das barcas e também na rodoviária.

Acompanhado do candidato ao senado pela sua chapa, o diplomata Sebastião Neves, o candidato fez questão de autografar todos os CDs que foram entregues por si aos eleitores. O republicano ficou por pouco mais de uma hora na cidade e falou o que Niterói e região necessitam receber do Estado. Disse que pretende levar as UPPs até Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, principalmente pela questão da possível migração de bandidos oriundos de comunidades pacificadas. E também prometeu concluir a linha 3 do metrô, ressaltando que nesta possível obra não irá fazer desapropriações.

Candidato despenca em pesquisa

O Instituto Datafolha divulgou nesta semana uma pesquisa para as intenções de voto para o governo do Rio. Crivella se manteve no segundo lugar, no entanto obteve 18% de possibilidades de voto, 5% a menos da média que vinha mantendo nas pesquisas anteriores. Anthony Garotinho (PR) continua em primeiro, mas agora com 25%, um a mais que na pesquisa anterior. O atual governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) subiu de 13% para 16% e Lindberg Farias (PT) se manteve com 12%. 

Apesar da queda, Crivella ainda é o candidato que tem menor rejeição entre todos, 16% dos entrevistados disseram que não votariam nele. Lindberg e Pezão ficaram com 20% e Garotinho com 40|%. Além disso, em uma simulação do Datafolha para um possível segundo turno envolvendo ele e Garotinho, Crivella venceria a eleição com 44% contra 32%.

Lindberg diz ter fórmula para sucesso das UPPs

Consolidar a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), conter a migração de criminosos para as cidades da Região Metropolitana Fluminense e incorporar uma política de educação para os jovens, são algumas das propostas de campanha do candidato ao governo do Rio de Janeiro, Lindberg Farias (PT), visando diminuir a violência no Estado.

O petista acredita que o projeto das UPPs ainda não foi consolidado e diz ter a fórmula para concretizar. “Temos que transformar os territórios ocupados em locais de oportunidades, apresentar uma política mais equilibrada, que proteja os cidadãos e os jovens negros trabalhadores. E isso se faz com educação. Levar estudo aos jovens”.

O delegado da Polícia federal e ex-diretor da Coordenadoria de Inteligência do Ministério Público, Fábio Mota, destacou que “Niterói e São Gonçalo viram o número de latrocínio aumentar em 200% nos últimos meses. Isso tudo é conseqüência da migração de criminosos. A UPP não pode ser um cobertor curto, deixando desguarnecida grande parte da população”. Já o coronel e ex-comandante geral da Polícia Militar, Ubiratan Angelo, lembrou da diferença no número de policiais nas regiões. “A Zona Sul tem um policial para cada 162 habitantes, enquanto Belford Roxo, por exemplo, tem 1 para 1.300. Essa diferença tem que acabar. Vamos trabalhar para trazer uma boa estratégia de política de segurança”, completou.

Lindberg emendou dizendo que é preciso consolidar o projeto UPP e reforçar o policiamento em regiões esquecidas. “Temos que pensar no Rio esquecido, o Rio das zonas Norte e Oeste, da Baixada e de São Gonçalo. Os batalhões de polícia dessas regiões precisam ser reforçados para trazer mais segurança para a população. Com a chegada das UPPS, o crime migrou para esses locais.

Milicianos e traficantes impedem campanha?

Ao fim do seminário Lindberg conversou com os jornalistas. Questionado se já sofreu alguma represaria de milicianos ou traficantes nas comunidades do Estado, o petista argumentou que ainda não enfrentou nenhum impasse, e que não vai aceitar imposição de bandidos.

Garotinho pede apoio de moradores da Rocinha

De moto-taxi e a pé, o candidato ao governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR) visitou a Rocinha, na Zona Sul, durante a tarde de terça-feira (12). Ele prometeu aos moradores da comunidade implantar diversos programas sociais e investir em saneamento básico, no entanto, ressaltou que a prioridade é fazer um restaurante popular no local. Além disso, fez críticas a gestão do atual governo estadual.

O candidato chegou ao “pé” da comunidade em um carro de luxo de um dos aliados, ao descer do veículo comunicou que iria subir a comunidade de moto-taxi. Já no veículo, ele seguiu pela estrada da Gávea até a praça da rua Quatro, onde diversos militantes o aguardavam.

Acompanhado de líderes comunitários, da sua filha e candidata a deputada federal, Clarissa Garotinho (PR), e também da postulante ao senado pela sua chapa, Lilian de Sá (PROS), Garotinho iniciou sua caminhada pela Rocinha. Ele fez questão de cumprimentar os comerciantes, moradores e até motoristas de vans, ônibus e motociclistas que passavam pelo local. Pediu voto a cada um deles.

Morador não apoia candidato

Quase no fim da caminhada, o candidato chegou próximo a um vendedor de motos para pedir voto, mas foi hostilizado por este. Garotinho tentou argumentar, mas o homem não deu brecha. Mesmo assim, ele não perdeu o foco e finalizou sua jornada.

Restaurante é prioridade

Garotinho subiu em um caixote para poder discursar aos moradores da Rocinha. Ele iniciou sua fala dizendo estar desapontado com o término de diversos programas que havia implantado na comunidade durante a sua gestão, principalmente a “Casa da Paz”. Ressaltou que pretende voltar com todos estes programas, mas que seu foco inicial é a construção do restaurante popular. “Hoje, um morador paga mais de R$ 8 para almoçar aqui na Rocinha. É muito caro! Na minha gestão vamos construir um restaurante e o almoço vai custar R$ 1”, prometeu.

Ataque a Pezão

Quando se preparava para ir embora, Garotinho foi questionado sobre a possibilidade do Rio ceder água a São Paulo e disse que não concorda. Sobre Pezão, ele definiu o atual governador e candidato a reeleição pelo PMDB, como um “bezerrinho órfão”. Depois explicou o porquê. “Eu conheço muito bem o Pezão, ele age feito um bezerrinho desmamado, fica procurando uma teta para mamar. E vem usando o Estado para fazer essa prática. Vamos coloca um fim nisso”, concluiu.

Lindberg quer dobrar orçamento da cultura no Estado em um ano

Lindberg fala sobre cultura Foto: Peter Ilicciev/Divulgação

Recitando o seu conterrâneo paraibano, o poeta Augusto dos Anjos, o candidato ao governo do Rio de Janeiro, Lindberg Farias foi recebido por um grupo de líderes culturais do Estado na noite de segunda-feira (11) no Circo Crescer e Viver, no bairro Cidade Nova. Lá, ele apresentou seu programa de governo como um todo, mas falou principalmente das ações que pretende fazer na área cultural, entre estas, prometeu criar mil pontos de cultura e aumentar consideravelmente a verba destinada a esta área.

Aproximadamente 200 pessoas estiveram na Lona do circo, onde ouviram o discurso de Lindberg e também fizeram questionamentos. O debate foi mediado pelo secretário municipal de cultura do Rio, Sérgio Sá leitão. O petista iniciou seu discurso falando das desigualdades do Rio, falou da violência, usando o exemplo da proporção de policiais do Leblon e de Belford Roxo, depois criticou o problema de abastecimento de água na Baixada Fluminense, prometendo que vai solucionar tal impasse, logo defendeu a importância das UPPs, mas que é necessário algo além para trazer paz as comunidades, defendeu a desmilitarização da PM.

De acordo com Lindberg, para se implementar pontos culturais é necessário que este seja incorporado a educação. “Há pouquíssimos centros de culturas no Estado, conforme constatei durante a sua caravana da cidadania. Um governo descentralizado com o orçamento da mesma forma, vai possibilitar que as verbas sejam direcionadas proporcionalmente as demandas das cidades’, explicou o candidato. Isso também iria se estender ao setor cultural. O povo de cada região é quem vai decidir o que será feito com a verba e quais são as prioridades. “vamos fazer os CIEPs do século XXI, com centros culturais destinados não só para os estudantes, mas abertos a comunidade”.

“Hoje o Estado gasta 0,26 de seu orçamento com a Cultura, isto é R$ 187 milhões em 2013. Vamos dobrar isso no primeiro ano do nosso governo. Em Nova Iguaçu fomos o primeiro município do Rio a aplicar pelo menos 1% do orçamento em cultura”, prometeu Lindberg.

Herança cultural

Sérgio falou que conhece Lindberg há anos e sabe que ele é um homem muito ligado a cultural, então o perguntou como incorporou isso a sua formação. “Meu pai, que também foi líder estudantil, me apresentou a cultura. Gosto muito do trabalho de Pablo Neruda e do poeta Augusto dos Anjos”, respondeu Lindberg, que declamou dois poemas do autor paraibano e foi bastante aplaudido. “No Nordeste, é muito comum os jovens declamarem. Não vejo isso no Rio de Janeiro”, respondeu o petista.

Pezão arrecadou 87% dos valores doados a candidatos no Rio

Pezão em visita a UPP na Vila Kennedy FOTO: Divulgação

Os candidatos ao governo do Rio de Janeiro receberam até o momento quase sete milhões de reais para gastarem na campanha eleitoral. Foi o que revelou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que constatou ainda que até o momento já foram gastos quase R$ 8 milhões.

O atual governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) foi disparado o que mais recebeu doações, ficando com 87% do total, isto é, R$ 5.795.690,00. Em seguida vem Lindberg Farias, que arrecadou R$ 637.700, depois Marcelo Crivella (PRB), R$ 212.363. Ney Nunes (PCB) R$ 1.900 e Dayse Gomes (PSTU), R$ 4.380,21. Os valores recebidos pelo candidato do Partido Republicano (PR), Anthony Garotinho, não constam no TSE, no entanto, a assessoria de imprensa dele informou que o seu partido lhe doou R$ 3 milhões. As contas de Tarcísio Motta (PSOL) também não constam no Tribunal.

Os valores de despesas gastos, conforme o TSE, foram os seguintes: Pezão, com R$ 7.540.657,52, seguido por Lindberg - R$ 284.898,12, Crivella, R$ 5.341,40, Garotinho - R$ 21.650, Dayse Oliveira, R$ 4.380,21, Ney Nunes R$ 696,5 e Tarcísio Motta - R$ 0.

Metrô até a Baixada Fluminense também é promessa de Crivella

O candidato ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), andou pelo Centro de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, durante a tarde de quinta-feira (7). Assim como a maioria dos postulantes a governador, ele também prometeu que vai levar o metrô a cidades da Baixada.

Acompanhado da candidata a deputada estadual, Rosângela Gomes (PRB), o republicano iniciou sua caminhada pela Praça Getúlio Vargas. Depois seguiu por uma das ruas do “calçadão”, onde há bastantes lojas e camelôs. Lá, ele entregou folhetos com suas propostas e pediu voto. A caminhada durou quase uma hora.

No final do ato ele falou à imprensa e disse que irá estender o metrô até Belford Roxo. Também argumentou que o município tem problemas de abastecimento de água, o que será resolvido em seu possível governo. Falou ainda sobre a possível migração de criminosos oriundos do Rio. Para tanto, falou da necessidade de se elevar o efetivo policial.

Garotinho promete construir 20 farmácias populares no Rio

 Mais 20 farmácias populares por todo o Estado. Essa foi a promessa feita pelo candidato ao governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR), fez na quarta-feira (6) durante uma visita a farmácia do Méier, na Zona Norte. O candidato tentou entrar no local, mas foi impedido pelo administrador. Apesar disso, caminhou por mais de uma hora pela rua mais movimentada do bairro.

Acompanhando de sua filha e candidata a deputada federal, Clarissa Garotinho (PR), e também da candidata ao senado na sua chapa, Liliam Sá (PROS), ele visitou primeiramente a Farmácia Popular do Méier. Aliás, apenas tentou, pois o administrador da unidade não permitiu a sua entrada nas instalações. À imprensa ele disse qual são seus planos para a saúde. "Vou construir mais 20 farmácias populares por todo o Estado com remédios a um real, e lógico, com grande disponibilidade de fraldas geriátricas e infantis. Vou concentrá-las onde estiverem mais idosos e acabar com a burocracia da compra. Além disso, elas não vão ficar abandonadas como essa aqui. É uma vergonha a fachada desta unidade, imagina como está seu interior”. 

Garotinho ainda afirmou que vai colocar os hospitais para funcionar. “Vou acabar com esse jogo de empurra entre unidades municipais, estaduais e federais. Doente é igual em qualquer lugar". Depois o candidato disse que pretende estadualizar alguns hospitais. "O hospital da Posse em Nova Iguaçu é um exemplo. Pode colocar qualquer prefeito lá que ele não vai dar conta de colocá-lo pra funcionar bem", concluiu.

Em seguida ele foi para a rua Dias da Cruz onde caminhou por e entregou seus "santinhos" aos pedestres e comerciantes. Pessoas de sua campanha seguiam na frente de Garotinho e recrutavam quem passava pela rua a dar um abraço no candidato. Pelo caminho, Garotinho parou para comer pipoca e também para beber água de coco. No entanto, durante a caminhada ele também ouviu algumas palavras ofensiva, mas respondeu cordialmente com acenos.

UPP e criminalidade marcam agenda de Pezão e Lindberg

Pezão conversa com militares na UPP Foto: Divulgação

Nesta semana vários jornais repercutiram os dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro que constataram uma elevação no registro de crimes no Estado, principalmente nas cidades da Baixada Fluminense. Os candidatos ao governo, exceto o da situação, justificam este aumento a migração de marginais que vieram das regiões onde foram instaladas as Unidades Policiais Pacificadoras (UPPs). Mas acreditam que o programa deve continuar. Foi o que Lindberg Farias (PT) e o próprio atual governador, candidato a reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB) disseram na segunda-feira (4).

Pezão visitou uma base da UPP na Vila Kennedy, a 38° e última a ser inaugurada. Embora não tenha dito como o programa será conduzido daqui pra frente caso seja reeleito e, principalmente diante das críticas da oposição e também da elevação do número de registros de crimes, o candidato reforçou o discurso que a instalação de cada Unidade faz parte de um plano longo de governo. “É muito bom andar por aqui e ver os resultados se consolidando. Além de mais segurança, os serviços e o desenvolvimento estão retornando à região. O trabalho só está começando, e a cada dia vamos seguir mais fortes para que tudo fique ainda melhor”.

Comerciantes foram ao seminário. Foto: Antônio Pinheiro

Já Lindberg participou de um seminário em São João do Meriti, na Baixada Fluminense, para discutir a segurança pública na região. O debate foi norteado principalmente pela migração da violência e as UPPs. Para um público de aproximadamente 50 pessoas, formado principalmente por comerciantes e líderes de comunidades, foi exposto o crescimento da violência em Meriti e conseguentemente na Baixada. O prefeito de Meriti, Sandro Matos, e o ex-secretário de segurança pública do Rio, Ubiratan Candido, se sentaram ao lado de Lindberg na mesa central.

O petista prometeu que caso seja eleito os primeiros policiais militares formados em sua gestão serão direcionados para o Batalhão da Baixada. Falou que o projeto das UPPs não pode acabar e que tem que ser efetivado. “No Complexo do Alemão policial está sendo atacado. Não podemos admitir isso. O Estado não pode ser expulso da terra conquistada. Nós não vamos deixar. Para isso, irei investir na área social juntamente com a UPP”, afirmou o petista. Ele ainda argumentou que sua ideia é levar as UPPs para toda a região metropolitana e São Gonçalo.

Lindberg e Garotinho buscam votos na Zona Oeste

A Zona Oeste foi o destino de dois dos candidatos ao governo do Rio de Janeiro neste fim de semana. Lindberg Farias (PT) e Anthony Garotinho (PR) estiveram em Campo Grande. O petista ainda estendeu sua visita até Bangu. Ambos foram recebidos bem pela população, mas aparentemente Lindberg parece que irá receber mais apoio da população daquela região, já que foi possível notar várias placas em seu nome em residências e comércios, além de apoio dos pedestres.

Em Bangu o petista caminhou pelo calçadão da avenida Ary Franco, ao lado da estação de trem, onde conversou com comerciantes e pedestres. Acompanhado dos candidatos a deputado, Jandira Feghalli (PCdoB), Jorge Bittar (PT) e Daniel Iliesco (PCdoB), Lindberg caminhou por cerca de duas horas e ainda visitou a Feira de Bangu. Na feira de Campo Grande, o petista também conversou com as pessoas que lá estavam, tanto comerciantes, quanto consumidores.

Já Garotinho participou de uma carreata em Campo Grande pouco tempo depois de Lindberg deixar a região. Ambos estiveram em locais distintos e, portanto não se encontraram. O republicano foi acompanhado pela filha e candidata a deputada federal, Clarissa Garotinho (PR) e outros que vão disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio. Em uma caminhonete, eles transitaram pelos conjuntos habitacionais João XXIII, Guandu, Liberdade, Miécimo da Silva, Alvorada, Novo Mundo, Bairro Novo, São Fernando e Chatuba. "A recepção do povo mostra que o fim da era dos poderosos comandando o Rio acabou", afirmou Garotinho.