terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Crivella divulga nome dos secretários municipais do Rio

Crivella em reunião do governo de transição com Eduardo Paes
O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), revelou nesta terça-feira (20) os nomes que irão assumir as secretarias municipais a partir de janeiro de 2017. Os deputados federais Índio da Costa (PSD) e Clarissa Garotinho (PRB) que estiveram ao lado de Crivella durante sua campanha foram dois dos escolhidos para serem secretários. O número de “casas” caiu de 24 para 12, destaque para a extinção da Secretaria de Turismo.

O corte de metade das secretarias foi uma das promessas de campanha de Crivella. Ainda durante a corrida eleitoral ele também afirmou que as pessoas que iriam assumir as secretarias em seu governo seriam escolhidas por suas competências, e não por causa apoio. No entanto, vários nomes participaram efetivamente de sua campanha. É o caso da deputada federal Clarissa Garotinho, que na época da eleição era membro do PR e convenceu seu pai, Anthony Garotinho (presidente estadual do PR), a apoiar Crivella. Ela foi apresentada como Clarissa Matheus. O deputado federal Índio da Costa, que também foi candidato a prefeito, mas acabou derrotado no primeiro turno, também será secretário. Ele apoiou Crivella no segundo turno.

Das secretarias que foram extintas, a que mais chamou atenção foi a do Turismo, já que este setor é um dos carros chefes da renda do Rio de Janeiro. Crivella anunciou que as políticas de turismo serão formuladas por um conselho composto por Ricardo Amaral, José Bonifácio (o Boni), Roberto Medina e Paulo Manoel Protasio.

Os novos secretários são:

Casa Civil: Aílton Cardoso da Silva
Secretaria da Fazenda: Maria Eduarda Gouvêa Berto
Secretaria de Relações Internacionais: Luiz Carlos Ramos
Secretaria de Saúde: Carlos Eduardo
Secretaria de Educação, Esporte e Lazer: Cesar Benjamin
Secretaria de Transporte: Fernando Mac Dowell
Secretaria de Desenvolvimento, Emprego e Inovação: Clarissa Matheus (Garotinho)
Secretaria de Cultura: Nilcemar Nogueira
Secretaria de Conservação e Meio Ambiente: Rubens Teixeira
Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos: Teresa Bergher
Secretaria de Ordem Pública: Cel. Amêndola

Secretaria de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação: Índio da Costa

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Protestos contra pacote na Alerj causa tumulto no Rio

Caos. Assim ficou o Centro do Rio de Janeiro nesta terça-feira (6) durante um protesto de servidores estaduais contra o pacote do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) que começou a ser votado hoje. Policiais e manifestantes entraram em confronto e várias pessoas ficaram machucadas. Dentro da Assembleia, os deputados aprovaram a redução dos salários do governador, vice e mantiveram vetos aos supersalários.

Desde o início dos protestos que tomaram o Brasil em 2013, não se via algo parecido com o que ocorreu no Rio neste 6 de dezembro de 2016. Por volta das 10h, manifestantes chegaram a Alerj para protestar contra o pacote do governo que começaria a ser votado pelos deputados. A “casa” está cercada por tapumes e conta com proteção policial, impedindo que qualquer pessoa acompanhe as sessões. No início da tarde, enquanto os parlamentares iniciavam as discussões sobre os temas colocados em pauta, nas ruas se iniciou um confronto entre policiais e manifestantes.

Como de praxe, não se sabe como se iniciou a confusão, mas a polícia foi para cima dos manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e atirando balas de borracha. Durante o confronto, que durou por mais de seis horas, várias pessoas ficaram feridas por estilhaços e outras tantas passaram mal por conta do gás. A polícia também prendeu manifestantes, mas o número de prisões e o motivo por qual elas ocorreram ainda não foram divulgados.
Durante o confronto, barricadas de fogo foram armadas nas ruas próximas a Alerj. Em dado momento, a polícia usou do “caveirão” para perseguir os manifestantes, que revidaram com pedras portuguesas que estavam na rua da Assembleia. Um banheiro químico foi incendiado. Bombeiros foram ao local para apagar o fogo, mas bombeiros que participavam da manifestação os convenceram a não apagarem.


Na Alerj, os deputados reduziram os salários do governador e de seu vice e mantiveram o veto dos supersalários dos secretários e cargos de confiança. Além disso, foi colocado fim nas sessões solenes à noite para economia de energia elétrica e da disponibilidade de veículos a parlamentares a partir de 2019. A votação do pacote do governo deve durar até o próximo dia 12, três dias antes do dito inicialmente.