terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Protestos contra pacote na Alerj causa tumulto no Rio

Caos. Assim ficou o Centro do Rio de Janeiro nesta terça-feira (6) durante um protesto de servidores estaduais contra o pacote do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) que começou a ser votado hoje. Policiais e manifestantes entraram em confronto e várias pessoas ficaram machucadas. Dentro da Assembleia, os deputados aprovaram a redução dos salários do governador, vice e mantiveram vetos aos supersalários.

Desde o início dos protestos que tomaram o Brasil em 2013, não se via algo parecido com o que ocorreu no Rio neste 6 de dezembro de 2016. Por volta das 10h, manifestantes chegaram a Alerj para protestar contra o pacote do governo que começaria a ser votado pelos deputados. A “casa” está cercada por tapumes e conta com proteção policial, impedindo que qualquer pessoa acompanhe as sessões. No início da tarde, enquanto os parlamentares iniciavam as discussões sobre os temas colocados em pauta, nas ruas se iniciou um confronto entre policiais e manifestantes.

Como de praxe, não se sabe como se iniciou a confusão, mas a polícia foi para cima dos manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e atirando balas de borracha. Durante o confronto, que durou por mais de seis horas, várias pessoas ficaram feridas por estilhaços e outras tantas passaram mal por conta do gás. A polícia também prendeu manifestantes, mas o número de prisões e o motivo por qual elas ocorreram ainda não foram divulgados.
Durante o confronto, barricadas de fogo foram armadas nas ruas próximas a Alerj. Em dado momento, a polícia usou do “caveirão” para perseguir os manifestantes, que revidaram com pedras portuguesas que estavam na rua da Assembleia. Um banheiro químico foi incendiado. Bombeiros foram ao local para apagar o fogo, mas bombeiros que participavam da manifestação os convenceram a não apagarem.


Na Alerj, os deputados reduziram os salários do governador e de seu vice e mantiveram o veto dos supersalários dos secretários e cargos de confiança. Além disso, foi colocado fim nas sessões solenes à noite para economia de energia elétrica e da disponibilidade de veículos a parlamentares a partir de 2019. A votação do pacote do governo deve durar até o próximo dia 12, três dias antes do dito inicialmente. 

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