Desde
o início dos protestos que tomaram o Brasil em 2013, não se via algo parecido
com o que ocorreu no Rio neste 6 de dezembro de 2016. Por volta das 10h, manifestantes
chegaram a Alerj para protestar contra o pacote do governo que começaria a ser
votado pelos deputados. A “casa” está cercada por tapumes e conta com proteção
policial, impedindo que qualquer pessoa acompanhe as sessões. No início da
tarde, enquanto os parlamentares iniciavam as discussões sobre os temas
colocados em pauta, nas ruas se iniciou um confronto entre policiais e
manifestantes.
Como
de praxe, não se sabe como se iniciou a confusão, mas a polícia foi para cima
dos manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e atirando balas de borracha.
Durante o confronto, que durou por mais de seis horas, várias pessoas ficaram
feridas por estilhaços e outras tantas passaram mal por conta do gás. A polícia
também prendeu manifestantes, mas o número de prisões e o motivo por qual elas
ocorreram ainda não foram divulgados.
Durante
o confronto, barricadas de fogo foram armadas nas ruas próximas a Alerj. Em
dado momento, a polícia usou do “caveirão” para perseguir os manifestantes, que
revidaram com pedras portuguesas que estavam na rua da Assembleia. Um banheiro químico
foi incendiado. Bombeiros foram ao local para apagar o fogo, mas bombeiros que
participavam da manifestação os convenceram a não apagarem.
Na
Alerj, os deputados reduziram os salários do governador e de seu vice e mantiveram
o veto dos supersalários dos secretários e cargos de confiança. Além disso, foi
colocado fim nas sessões solenes à noite para economia de energia elétrica e da
disponibilidade de veículos a parlamentares a partir de 2019. A votação do
pacote do governo deve durar até o próximo dia 12, três dias antes do dito
inicialmente.
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