Quatro
candidatos a prefeito do Rio de Janeiro estiveram ao mesmo tempo no Hospital
Salgado Filho, no Méier, Zona Norte, no início da manhã de quinta-feira (1°).
Marcelo Freixo (PSOL), Jandira Feghali (PCdoB), Alessandro Molon (REDE) e
Carlos Osório (PSDB) entraram na unidade de saúde e conversaram com um dos
responsáveis pela unidade. Todos falaram quais são suas propostas para essa
área.
O
primeiro a chegar ao hospital foi Freixo, que já havia informado à imprensa que
sua primeira agenda de campanha do dia seria naquela unidade. Os demais
disseram a todos que foi uma “coincidência”. Freixo disse que atualmente cerca
de 54% da população do Rio reclama que a saúde é o principal problema da
cidade. “É um dos setores que tem maior crescimento de investimento, mas não
resolveu o problema. Investiu-se em custeio, isso é, pras OS, mas não investiu
na estrutura da saúde”.
O
psolista disse que é necessário ampliar o número de leitos e investir nas policlínicas
que já existem. “Não adianta ficar gastando só em OS. Você precisa trazer a
administração direta, porque dá mais transparência e utiliza melhor o recurso
público. Tem que ampliar as clínicas da família. Mas não adianta tirar a fila
do hospital e levar para o computador”. Questionado sobre acabar com as OS,
Freixo respondeu que não se pode acabar com as OS “de uma hora pra outra. Não
se pode fechar nenhum leito e nenhuma clínica da família. Você tem que ampliar a
clínica da família e progressivamente garantir que essa administração seja
direta. É inadmissível que um profissional concursado ganha três vezes menos
que um profissional indicado politicamente”, concluiu.
Jandira Feghali
Jandira
disse que atualmente o estado e o governo federal isolam o município, e que se
faz necessário uma integração. “Há um isolamento do Estado. Dizem que
integraram, mas não é isso que ocorre. Para explicar melhor, se um indivíduo
precisa internar, o município que é o gestor pleno deveria dispor dos direitos
do Estado e Federal, mas só dispõe de leito municipal”. Sobre as OS, Jandira
falou que é um modelo que não lhe agrada e explicou o porque: - Há denuncias de
superfaturamento e inclusive as contas precisam serem auditadas, assim que eu
assumir irei fazer isso. Além disso, temos uma mortalidade infantil na Cidade
de Deus três vezes maior que na Barra da Tijuca, são bairros vizinhos,
precisamos cuidar disso.
Carlos Osório
O
candidato do PSDB disse que a saúde do Rio está em colapso e criticou o
prefeito Eduardo Paes (PMDB) por possivelmente ter tirado investimentos
financeiros na saúde. “A prefeitura tirou R$ 750 milhões da saúde nos últimos três
anos. Nossa proposta: retornar os recursos que a prefeitura tirou da saúde para
colocar em obras de volta pra saúde”. Osório prometeu que caso seja eleito era
suspender os contratos das OS e fazer uma auditoria. “Na primeira semana de
governo vamos intervir nas OS e rever todos os contratos para garantir o melhor
atendimento a população. Vamos garantir uma melhor gestão na área da saúde. Não
adianta só botar recursos lá dentro, tem saído dinheiro pelo ralo por falta de
controle”.
Alessandro Molon
Molon
argumentou que os hospitais do Rio estão despreparados pra receber e atender
com dignidade as pessoas. Ele afirmou que atualmente há dois problemas graves
no setor de saúde da cidade. “São os atendimentos de emergência e consulta de
exames com especialistas. A nossa prefeitura vai ficar nessas duas coisas:
resolver o atendimento de emergência, garantindo um atendimento digno e humano
para todos os cariocas, e por outro lado facilitando a marcação de consultas
com especialistas e realização de exames para os cariocas”.