sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Freixo, Jandira, Molon e Osório visitam hospital no Méier



Quatro candidatos a prefeito do Rio de Janeiro estiveram ao mesmo tempo no Hospital Salgado Filho, no Méier, Zona Norte, no início da manhã de quinta-feira (1°). Marcelo Freixo (PSOL), Jandira Feghali (PCdoB), Alessandro Molon (REDE) e Carlos Osório (PSDB) entraram na unidade de saúde e conversaram com um dos responsáveis pela unidade. Todos falaram quais são suas propostas para essa área.

O primeiro a chegar ao hospital foi Freixo, que já havia informado à imprensa que sua primeira agenda de campanha do dia seria naquela unidade. Os demais disseram a todos que foi uma “coincidência”. Freixo disse que atualmente cerca de 54% da população do Rio reclama que a saúde é o principal problema da cidade. “É um dos setores que tem maior crescimento de investimento, mas não resolveu o problema. Investiu-se em custeio, isso é, pras OS, mas não investiu na estrutura da saúde”.

O psolista disse que é necessário ampliar o número de leitos e investir nas policlínicas que já existem. “Não adianta ficar gastando só em OS. Você precisa trazer a administração direta, porque dá mais transparência e utiliza melhor o recurso público. Tem que ampliar as clínicas da família. Mas não adianta tirar a fila do hospital e levar para o computador”. Questionado sobre acabar com as OS, Freixo respondeu que não se pode acabar com as OS “de uma hora pra outra. Não se pode fechar nenhum leito e nenhuma clínica da família. Você tem que ampliar a clínica da família e progressivamente garantir que essa administração seja direta. É inadmissível que um profissional concursado ganha três vezes menos que um profissional indicado politicamente”, concluiu.

Jandira Feghali

Jandira disse que atualmente o estado e o governo federal isolam o município, e que se faz necessário uma integração. “Há um isolamento do Estado. Dizem que integraram, mas não é isso que ocorre. Para explicar melhor, se um indivíduo precisa internar, o município que é o gestor pleno deveria dispor dos direitos do Estado e Federal, mas só dispõe de leito municipal”. Sobre as OS, Jandira falou que é um modelo que não lhe agrada e explicou o porque: - Há denuncias de superfaturamento e inclusive as contas precisam serem auditadas, assim que eu assumir irei fazer isso. Além disso, temos uma mortalidade infantil na Cidade de Deus três vezes maior que na Barra da Tijuca, são bairros vizinhos, precisamos cuidar disso.

Carlos Osório

O candidato do PSDB disse que a saúde do Rio está em colapso e criticou o prefeito Eduardo Paes (PMDB) por possivelmente ter tirado investimentos financeiros na saúde. “A prefeitura tirou R$ 750 milhões da saúde nos últimos três anos. Nossa proposta: retornar os recursos que a prefeitura tirou da saúde para colocar em obras de volta pra saúde”. Osório prometeu que caso seja eleito era suspender os contratos das OS e fazer uma auditoria. “Na primeira semana de governo vamos intervir nas OS e rever todos os contratos para garantir o melhor atendimento a população. Vamos garantir uma melhor gestão na área da saúde. Não adianta só botar recursos lá dentro, tem saído dinheiro pelo ralo por falta de controle”.

Alessandro Molon


Molon argumentou que os hospitais do Rio estão despreparados pra receber e atender com dignidade as pessoas. Ele afirmou que atualmente há dois problemas graves no setor de saúde da cidade. “São os atendimentos de emergência e consulta de exames com especialistas. A nossa prefeitura vai ficar nessas duas coisas: resolver o atendimento de emergência, garantindo um atendimento digno e humano para todos os cariocas, e por outro lado facilitando a marcação de consultas com especialistas e realização de exames para os cariocas”.