Lindbergh discursa aos petistas |
Com o propósito de ser um
governo que possa trazer mais igualdade na distribuição de recursos, a cúpula
fluminense do Partido dos Trabalhadores (PT) se reuniu na segunda-feira (24) no
Centro do Rio de Janeiro para iniciar uma série de programas com a finalidade
de estabelecer um cronograma de governo para a disputa do Palácio da Guanabara.
Logicamente, o destaque do evento foi o senador Lindbergh Farias, pré-candidato
a governador.
Lindbergh apresentou três
frentes que deseja implantar no Rio de Janeiro caso venha a ser governador. Ele
acredita que atualmente o Estado possui uma desigualdade social e territorial,
para tanto citou um exemplo envolvendo segurança pública. “Para cada 150
moradores da Zona Sul do Rio há um policial, enquanto na região Norte a
proporção é de um para 1.500”. Em seguida, o pré-candidato disse que o Rio
necessita de mais investimentos na educação e tecnologia, o que segundo o mesmo
não estaria ocorrendo por falta de motivação. Ele ainda ressaltou que há uma
desigualdade também no acesso a educação.
“A cada 100 alunos de medicina da UFRJ, 90 pertencem a cinco escolas
tradicionais do Rio. Isso vai mudar com o sistema de cota implantado pelo Lula
e que temos que intensificar em nosso Estado”.
Teatro estava completamente lotado |
No final de seu discurso,
quando apresentava o terceiro e último tema da reunião, Lindbergh fez críticas
ao governador Sérgio Cabral. “Queremos um governo democrático, transparente,
capaz e eficiente, enfim, um governo participativo. Ganhar por ganhar (as
eleições) não me seduz. Não quero ser como Cabral que não pode andar nas ruas. Vou bater de frente!”,
finalizou. A plateia (certamente mais de 300 pessoas, já que este é número máximo de expectadores sentados ) o aplaudindo de pé.
Quaquá
criticou fortemente o PMDB
O presidente estadual do PT,
Washington Quaquá, disse que a candidatura de
Lindbergh representa a retomada de uma trajetória popular no Rio de Janeiro. Além disso, ele explicou que o Partido dos Trabalhadores vai retomar o programa idealizado por Leonel Brizola e instalar escolas em tempo integral. Assim com fez Lindbergh, Quaquá também criticou o atual governo e seu partido. Ele foi bastante duro em suas palavras.
“Nós não vamos ficar refém da bandidagem do PMDB e Eduardo Cunha (deputado
federal) da vida”, completou.
PDT
ainda não definiu aliança no Rio
A convite do deputado
federal, Carlos Lupi, o suplente de Lindbergh no senado, Olney Botelho, do PDT,
também participou do evento. Ele teve a palavra e agradeceu o convite de Luppi,
em seguida disse que em nível nacional o partido já definiu que irá apoiar a
reeleição de Dilma Roussef, no entanto no Estado, a aliança ainda está em
discussão. “Nacionalmente estamos com Dilma. Aqui, ainda estamos em tratativa,
mas adianto que temos vontade de participar desta mudança da esquerda no Rio de
Janeiro”. Ele ainda levantou a moral de Lindbergh ao dizer que o PT teve o
primeiro presidente trabalhador, primeira presidenta mulher e o possivelmente o
primeiro governador “cara pintada”.
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